Famílias cobram do governo do Amapá terras para morar em Santa
Mais de duzentas pessoas protestaram com adesivos e bandeiras usadas nas eleições
Cerca de duzentas pessoas reuniram-se nessa terça-feira, 17, na Praça da Bandeira, no Centro de Macapá, para pedir ao governo do Amapá a posse definitiva de uma área no município de Santana, a 17 quilômetros da capital. O terreno, de propriedade privada, abriga cerca de 2,5 mil famílias, segundo Flávio Barreiros, um dos mobilizadores do protesto.
Utilizando faixas, bandeiras e adesivos da última campanha para o governo, os manifestantes cobravam um posicionamento da atual gestão sobre a área. O governo do estado não quis se pronunciar sobre o assunto. “Achamos que protestar dessa forma mostra que não queremos enfrentar o governador. Queremos entendimento. Muita gente aqui votou nele, com a esperança de mudança. Porque habitação é direito de cada cidadão”, disse Barreiros.
Segundo o líder do movimento, 2,5 mil famílias moram na área que tem em torno de um quilômetro de extensão, localizada no bairro Fonte Nova, próxima à antiga lixeira pública de Santana: “E assim vivemos há três anos. Em área alagada, às vezes, sem energia e sem saneamento, entre despejos e retornos, porque nós precisamos. Não temos para onde ir”, acrescentou.
Barreiros disse que há uma ordem de despejo que poderia ser executada na quarta-feira, 18, mas que um grupo representativo dos moradores e a Prefeitura de Santana entraram com recurso para anular a retirada das famílias da área: “Soubemos que o pedido está nas mãos do governador, somente para ele assinar e autorizar o pagamento da área”.
Uma comissão dos manifestantes foi recebida por assessores do Palácio do Setentrião, mas até à publicação desta matéria não havia definição sobre o caso.
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