Cidades

Farmacêutico prescrevendo medicações atingirá mais a saúde pública, diz conselheira do CRM

Dra. Maraci Andrade, secretária geral do Conselho Regional de Medicina do Amapá (CRM-AP), afirma que no setor privado enfermos ainda procuram médicos para diagnóstico


 

Douglas Lima
Editor

 

Sobre o Conselho Federal de Farmácia autorizar farmacêuticos a prescreverem e receitar medicamentos, a Dra. Maraci Andrade, secretária geral do Conselho Regional de Medicina do Amapá (CRM-AP), afirma que a decisão deve afetar principalmente a saúde pública. Segundo ela, pacientes do setor privado ainda recorrem a médicos em busca de diagnósticos.

 

Sobre o tema, a médica disse no programa Togas e Becas (Diário FM 90,9) que o Conselho Federal de Medicina já tinha recorrido de uma decisão semelhante em 2013, e que há uma resolução mais recente, atualmente sendo discutida pela Justiça Federal, aguardando julgamento da lei. “Essas prescrições por farmacêuticos ferem os atos normativos da medicina. Este é um debate bom com a classe de farmácia. Interessa a todos nós”, disse Maraci.

 

 

“Isso é mais para a saúde pública. Quero pontuar minha extrema valorização da classe farmacêutica. Eles são de um valor incrível e complementam o trabalho dos médicos. Existe uma prerrogativa médica que tem que ser respeitada, a questão de dar diagnóstico da doença é só para os médicos; para prescrever medicamento tem que ter diagnóstico”, atentou a conselheira.

 

Por fim, Maraci Andrade reforçou que não existe um hospital sem farmacêutico, e que atrito entre classes não beneficiará ninguém. “O CRM avalia a crescente demanda de outras profissões de outras áreas da saúde. Se ele não aprendeu como agir, ele coloca a população em risco. Sempre alertamos sobre os perigos da automedicação”, concluiu.

 


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