O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado Pedro DaLua, se disse preocupado com o que classificou de “favelização” dos conjuntos habitacionais verticais e da infiltração de bandidos nesses novos espaços de moradia.
A declaração veio após a informação de que, inaugurado há menos de três semanas, o conjunto São José, localizado no bairro do Buritizal, já registrou mais de cem ocorrências de furtos, assaltos e arrombamentos. Na maioria dos casos, as vítimas são os próprios moradores do conjunto.
Houve situações registradas em boletins de ocorrências de pessoas que foram furtadas durante o processo de mudança. E de assaltos que ocorreram durante a visita de familiares. Diversos arrombamentos de veículos também estão entres as ocorrências.
DaLua lembrou que situação semelhante tem sido vivenciada nos conjuntos Macapaba e Mucajá. Para ele, a população que ocupa esses espaços não pode ser estigmatizada pela atuação de “criminosos infiltrados”, mas entende que devem ser criados mecanismos para banir moradores envolvidos em atos criminosos.
No caso do Mucajá, primeiro a ser inaugurado, a violência se alastrou às redondezas e gerou insegurança em escolas e residências das proximidades. A polícia chegou a flagrar drogas e armas sendo jogadas de apartamentos do conjunto para abastecer os internos do Centro de Internação Masculina (Ceseim).
DaLua defendeu que os moradores do Macapaba, Mucaja e São José se organizem, reúnam com a prefeitura de Macapá e os órgãos de segurança pública para identificação dos criminosos e definição de medidas imediatas.
Outros conjuntos habitacionais e loteamentos que no passaram foram estigmatizados como violentos, hoje superaram esse rótulo. É o caso dos conjuntos Boné Azul e Barcellos e do loteamento Marabaixo. “Nesses locais, a resposta veio dos próprios moradores que se organizaram e aos poucos foram garantindo a prisão dos meliantes e evitando a onda de violência”, declarou.
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