Cidades

Feijão cobra resultado de denúncia de extração ilegal de ouro

Segundo o ex superintendente do DNPM no Amapá, empresa Beadell extraiu 16 toneladas do minério, em mineração informal em Pedra Branca do Amapari


O geólogo e advogado Antônio da Justa Feijão cobrou no programa Luiz MeloEntrevista (Diário FM 90,9), na manhã desta segunda-feira, 10, o resultado de denúncia que ele fez pela extração ilegal de 16 toneladas de ouro realizada pela empresa Beadell
Resources ou Brasil no município de Pedra Branca do Amapari.

Feijão lembrou que a denúncia foi feita ainda no início de 2014, o que inclusive suscitou o seu pedido de renúncia ao cargo de
superintendente do DNPM no Amapá, em 4 de março de 2014.

O geólogo relembrou o assunto ao falar sobre a execução fiscal por parte do DNPM contra a Ecometals Mineração do Brasil Ltda.que, para pagar dívida de R$ 1.094,72 entregou para leilão um notebook em regular estado de conservação por R$ 600. O
leilão ocorre doa 20 próximo na 1ª Vara Federal de Macapá.

Antônio Feijão analisou que o caso do leilão da Ecometals é um exemplo de que o setor mineral do estado está sendo favelizado.
Para o geólogo, o Amapá foi esbulhado por gente da Austrália. “Hoje se faz leilão de um notebook em decorrência de uma ação fiscal, quando nem sequer sabemos onde está a denúncia que ofertei, registrando um valor de quase meio bilhão de reais”, protestou Antônio da Justa Feijão, que falou na Austrália porque a Beadell pertence àquele país da Oceania.

Comparando, Feijão registrou que quando o garimpeiro tira ouro é preso e tem os seus bens apreendidos, mas quando uma empresa estrangeira tira ouro sem a concessão mineral, o DNPM chama de lavra informal.
“Até para garantir a classe do colonizador  expropriando as nossas riquezas, dá um nome bonito, mineração informal, e no caso do garimpeiro, mineração predatória”, observou o geólogo.

Antônio Feijão comparou que a mineração do Amapá está que nem a Sky e as passarelas, ou seja, com a modelo Gisele Bündchen: “A única lembrança que nós temos é o Porto da Icomi e a única produção que ainda sobrevive é a senil mina de caulim, que praticamente está antieconômica, e a Beadell com a produção de ouro. No mais, a garimpagem sobrevive com a sua capacidade social sacrificante”.

Apesar dos problemas, o geólogo ressaltou que a produção de ouro no estado é comparada à produção de cavaco, forte, com uma quantidade que precisa ser mais olhada pela Prefeitura Municipal de Pedra Branca do Amapari, porque houve uma exploração por parte da Beadell, na queda do Porto da Icomi e na atenção dada ao problema.


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