Governo diz que CGU não acobertou denúncias de propina na Petr
Diz ter relatado denúncias em agosto de 2014.
Os ministros Valdir Simão (Controladoria-Geral da União) e José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmaram que a CGU, órgão responsável pelo combate à corrupção no Executivo federal, tomou todas as medidas necessárias para investigar as denúncias relacionadas aos contratos da Petrobras com a empresa holandesa SBM Offshore. Uma das companhias investigadas pela Operação Lava Jato, a SBM é suspeita de ter pago suborno a funcionários da estatal do petróleo para fornecer plataformas de petróleo.
Em entrevista publicada na edição desta terça do jornal “Folha de S.Paulo”, o ex-executivo da SBM Jonathan Taylor relatou ter entregue à CGU, em agosto do ano passado, um dossiê que comprovaria que a empresa da Holanda pagou propina a funcionários da petroleira para fechar contratos de aluguel de plataformas. Taylor afirmou à publicação que a CGU esperou a reeleição da presidente Dilma Rousseff para abrir processo administrativo para investigar a empresa holandesa.
“Quem quer acobertar, não investiga”, ressaltou Cardozo em entrevista coletiva concedida na sede da CGU. “Repilo com veemência qualquer colocação a respeito”, complementou o titular da Justiça.
Em meio à coletiva de imprensa convocada para esclarecer as declarações do ex-funcionário da SBM, Valdir Simão afirmou que, antes mesmo de Taylor entregar o dossiê, a CGU já havia instaurado uma sindicância para investigar os contratos entre a Petrobras e a multinacional da Holanda. Conforme o ministro, a apuração foi deflagrada em abril do ano passado, quatro meses antes de o delator entregar os documentos que comprovariam o pagamento de suborno.
Ainda de acordo com o chefe da CGU, em fevereiro e março de 2014, o órgão pediu que a Petrobras disponibilizasse todos os contratos que a estatal mantinha com a SBM.
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