Cidades

Governo estuda se indústria do petróleo suportaria novo leilão

Passa por crise após denúncias contra a Petrobras e fornecedoras



O governo está estudando a receptividade do mercado para decidir se manterá a promessa de realizar um novo leilão de áreas exploratórias de petróleo no primeiro semestre deste ano, informou o Ministério de Minas e Energia à Reuters.

A indústria de óleo e gás brasileira vive uma grave crise, com diversas denúncias contra a Petrobras e algumas de suas principais fornecedoras. Neste contexto, petroleiras privadas já temem um novo período sem novas ofertas de blocos.

Questionado pela Reuters se a licitação poderá ser postergada, o ministério respondeu que “no momento estão sendo avaliadas as condições do mercado e a situação das empresas fornecedoras de bens e serviços no país”.

O ministério explicou que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) já autorizou a realização da 13ª Rodada de Blocos Exploratórios. Mas os blocos precisam ser selecionados até o fim da próxima semana para que o leilão ocorra em junho.

Isso porque a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o governo precisam de pelo menos quatro meses para a realização dos trâmites necessários. “Para que o leilão ocorra no primeiro semestre, os blocos que serão licitados precisam estar definidos até o final deste mês de fevereiro”, disse o ministério.

“Não é necessária qualquer reunião adicional do CNPE, apenas a definição, dentro dos blocos já aprovados, de quais serão efetivamente colocados em licitação.”

Segundo o ministério, um número elevado de áreas foi submetido à aprovação do conselho em dezembro, para que não fosse necessária uma nova aprovação.


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