Governo inicia implantação de sistema municipal no interior
Caravana da Cultura está percorrendo os 16 municípios amapaenses
A Caravana da Cultura chegou ao segundo dos 15 municípios do interior que serão visitados pelo estado para identificar as potencialidades do setor em cada região do Amapá. Calçoene foi o segundo município a receber a ação itinerante, que tem por objetivo principal fomentar a cultura nos municípios e criar o Sistema Municipal de Cultura. A reunião foi realizada na quarta-feira, 22, no Complexo Administrativo de Calçoene. Mais de 50 pessoas entre gestores e representantes do movimento cultural participaram do encontro.
Ao norte do Amapá, a 360 km de Macapá, Calçoene tem pouco mais de 10 mil habitantes. O cenário da localidade é de uma cultura desorganizada. Existem representantes de diversas áreas artísticas, porém trabalham isoladamente. Assim como o município de Amapá, Calçoene não possui um órgão de Cultura, que atualmente é integrada à Secretaria Municipal de Educação.
O maior problema da prefeitura é a falta de orçamento, diz a secretária municipal de Educação e Cultura, Francisca Oliveira. “Estamos em um processo de descentralização, pois não estamos conseguindo dar o incentivo necessário à cultura. Contamos com o Estado para que Calçoene volte a ser um berço de artistas”, destacou.
No encontro, os representes dos segmentos culturais expuseram a realidade de cada segmento e os problemas enfrentados. De acordo com eles, de sete grupos juninos restaram, apenas, três. A zimba, dança típica da região, está esquecida e a proposta é resgatar essa tradição. A toada também aderiu ao movimento de fortalecimento da cultura.
A Secult foi recebida por representantes de diversos segmentos como capoeira, toada, zimba, teatro e música. “As pessoas estão interessadas em fazer cultura. Existe um movimento em relação a isso, a prefeitura também está empenhada em criar o sistema. A cultura de Calçoene precisa apenas do suporte do trabalho de gestão do Estado para se fortalecer”, analisou Disney Silva.
“Agradecemos a visita da Secult. Normalmente a cultura fica centralizada na capital, e nós somos esquecidos. Gostamos de fazer cultura e vamos nos dedicar no fortalecimento e criação do sistema”, afirmou a atriz Naiane Silva.
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