Greve dos bancários entra no terceiro dia. Adesão no Amapá é de 100%
BANQUEIROS SE RECUSAM A NEGOCIAR
A greve dos bancários entra nesta quinta-feira, 08, no terceiro dia e até agora não houve qualquer manifestação dos banqueiros no sentido de discutir a pauta de reivindicações da categoria. O movimento fechou 100% das agências em todo o estado, mantendo em funcionamento apenas serviços essenciais, como: compensação de cheques e operações através da internet e caixas eletrônicos.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Amapá, Edson Gomes, o movimento não tem prazo para acabar. “O movimento é nacional, e adotamos todas as medidas para evitar transtornos e prejuízos a população, tanto que tivemos o cuidado de iniciar a greve depois do pagamentos do funcionalismo pública federal, estadual e municipal. Em respeito à legislação, estamos mantendo os serviços essenciais em pleno funcionamento, como as operações através de caixas eletrônicos e internet bank. Além disso, as casas lotéricas, os correspondentes bancários e o sistema de compensação funcionam normalmente”, afirmou o presidente.
A categoria reivindica reajuste salarial de 16%, aumento do salário educação e auxílio creche no valor de R$ 788, a imediata contratação de trabalhadores, já que houve demissões em massa com o Programa de Demissão Voluntária (PDV), proposto pelos bancos, além da participação nos lucros e resultados (PLR). “Esses são apenas alguns dos pontos principais. Vivemos, atualmente, numa situação desconfortável por conta da inflação elevada e falta de reposição das perdas salariais. Além disso, o ambiente no trabalho é desconfortável, por causa da sobrecarga dos funcionários em decorrência da carência de pessoal, e inchaço nas próprias agências, cujo quantitativo, hoje, não atende as necessidades da população”, explicou Edson Gomes.
Edson Gomes alerta que a duração da greve vai depender única e exclusivamente dos banqueiros: “Desde o dia 25 de setembro, quando apresentamos a pauta de reivindicações, os banqueiros estão calados, o que nos obrigou a radicalizar. Com a deflagração do movimento, acredito que os patrões vão se preocupar em analisar os itens da pauta e, consequentemente, sentarem à mesa de negociação. Enquanto isso não acontecer, continuaremos de braços cruzados”. (Ramon Palhares)
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