Cidades

Greve dos petroleiros pode deixar o Amapá sem gás, gasolina e álcool

DESABASTECIMENTO – Poderá afetar todo o país, porque movimento vai paralisar as unidades da Petrobras nos estados


RAMON PALHARES
EDITOR DE CIDADES

 A Federação Única dos Petroleiros (FUP) vai deflagrar, a partir deste domingo, 06, greve por tempo indeterminado da categoria, que vai paralisar todas as unidades administrativas e operacionais da Petrobras do país, e da Transpetro, empresa responsável pelo transporte de derivados de petróleo. O movimento foi anunciado nesta sexta-feira, 04, exatamente 72 horas após a Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciar mais um aumento no preço do gás de cozinha.

De acordo com a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg-BR), a greve pode provocar desabastecimento de gás de cozinha e combustíveis, principalmente gasolina e álcool, cuja maior produtora e distribuidora no Brasil é a Petrobrás.

Uma fonte da Asmirg-BR, que tem sede no Rio de Janeiro, confirmou, por telefone, à reportagem que o desabastecimento de produtos derivados de petróleo é ‘iminente’, e alertou para que as empresas distribuidores mantenham seus veículos abastecidos e manter reservas aos clientes prioritários de sua empresa, como, hospitais, postos de saúde e comércios.

A Associação também Associação recomenda cautela nas compras com pagamento antecipado, pois sempre há riscos do capital ficar preso sem que os produtos sejam entregues, e a limitação de venda ao consumidor final.

Segundo a Federação Única dos Petroleiros, a categoria protesto contra o novo Plano de Negócios da Petrobrás, que, segundo a entidade, representa um verdadeiro desmonte da empresa, cujos impactos já estão ocorrendo em várias unidades do país, com milhares de demissões de trabalhadores terceirizados e cortes em despesas, que colocam em risco conquistas históricas da categoria.

“Os gestores da Petrobrás já deram início à venda de ativos estratégicos, como parte da BR Distribuidora e a reestruturação da malha de gasodutos. Para reverter esses ataques, os trabalhadores que não fogem à luta e já estão acostumados a enfrentar este tipo de batalha, responderão com greve”, justifica a categoria na Ata da Assembleia Geral que deliberou a deflagração do movimento.


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