Cidades

Integrante da Academia Brasileira de Odontologia defende presença da especialidade no tratamento de pacientes de câncer

Daiz Nunes levantou bandeira pegando gancho do Outubro Rosa, mês da Campanha de Prevenção do Câncer de Mama, a doença oncológica mais comum entre as mulheres no mundo


 

Douglas Lima
Editor

 

Daiz Nunes, representante amapaense na Academia Brasileira de Odontologia, na manhã desta quarta-feira, 9, levantou a bandeira da inclusão da especialidade no acompanhamento de pacientes oncológicos.

 

Para defender a causa, a odontóloga pegou o gancho do Outubro Rosa, mês da Campanha de Prevenção do Câncer de Mama, a doença oncológica mais comum entre as mulheres no mundo.

 

No Brasil, há um crescimento de 25% no número de novos casos do mal, a cada ano. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é esperado um aumento de 73 mil casos entre os anos de 2023 e 2025.

 

A doutora Daiz pontuou que o tratamento do câncer envolve muitos profissionais da saúde, mas exclui os odontólogos, profissional que, segundo ela, é essencial para o acompanhamento do paciente oncológico.

 

A acadêmica disse que quando não é excluído completamente, o odontólogo é pouco solicitado para ser acompanhante efetivo do paciente portador da doença, que é grave e exige tratamento impactante, inclusive com grandes repercussões em mucosa oral.

 

Daiz Nunes justificou o argumento, informando que tudo no câncer de mama é relacionado à Odontologia, como perda de paladar, feridas na boca, salivação, distúrbios na ATM, ardência oral, sensibilidade dentária, nevralgias, neuropatias, candidíases, periodontite, gengivite e necroses ósseas, entre outros problemas.

 

“Incluir a Odontologia no processo de tratamento é determinante para proteger e preservar o paciente oncológico, antes, durante e depois do tratamento. Não se pode separar a Odontologia da Medicina”, protestou.

 

A especialista registrou que em nível federal não existe Lei que estabeleça a exigência de odontólogos no acompanhamento de pacientes. No estado do Amapá há uma Lei a respeito do assunto, mas ainda não regulamentada.

 

“Nossa presença é importante, impactante e imprescindível no acompanhamento de doentes de câncer. Precisamos valorizar o atendimento odontológico, pois ele não trata apenas de dente, mas de todo um sistema em torno da saúde oral”, ensinou a odontóloga.

 


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