Itália convoca audiência para decisão final do caso Pizzolato

 

O Conselho de Estado Italiano, última instância da Justiça do país, convocou para segunda-feira uma audiência para ouvir o caso do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão.

Pizzolato fugiu para a Europa usando um passaporte falso, de um irmão já falecido, antes de ser condenado a 12 anos de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Na sexta-feira, o Ministério da Justiça italiano suspendeu a extradição de Pizzolato para a realização da audiência.

Greve de Fome
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, um dos condenados no julgamento do mensalão, faz greve de fome na prisão na Itália. O protesto começou depois de o país europeu autorizar, na quarta-feira, a extradição do condenado ao Brasil a partir de segunda-feira, caso não haja mais nenhuma liminar impedindo a viagem.

Pizzolato fugiu para a Europa usando um passaporte falso do irmão, morto em 1978, antes de ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal. Mesmo com o documento utilizado, o ex-diretor foi preso em Maranello. No dia 24 de abril, o ministro italiano da Justiça, Andrea Orlando, já dera um parecer favorável à extradição do ex-diretor.

A decisão veio de encontro ao veredicto da Corte de Cassação de Roma, em fevereiro, que reverteu uma decisão do Tribunal de Bolonha e autorizou a extradição. Mas, nesta primeira sentença, a vinda de Pizzolato ao país tinha sido negada sob argumento de que os presídios brasileiros não têm condições de manter a integridade física do condenado.

Só na semana passada o Tribunal Regional Administrativo de Lácio, em Roma, negou recurso do condenado no julgamento do mensalão para continuar na Europa.

Após ter o recurso negado, os advogados de Pizzolato disseram que iriam recorrer ao Conselho de Estado e, como última instância estrangeira, o Conselho de Direitos Humanos da União Europeia.

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