Cidades

Levy admite ajuste de impostos, mas diz que não é ‘saco de mal

Novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu que haverá readequação tributária.



 

O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu que haverá ajustes em impostos, mas negou que isso esteja dentro de um “saco de maldades”, ou algum “pacote” do governo.

Ele não especificou, porém, quais tributos podem sofrer esses ajustes. “A gente não tem nenhum objetivo de fazer nenhum saco de maldades, ou pacotes, mas vamos ter de fazer algumas medidas”, declarou ao ser interpelado sobre alta de tributos.

Levy acrescentou que uma eventual alta de tributos é um movimento “compatível” com o objetivo de aumentar a poupança pública e “previsível” em um momento de reorientação da economia. Declarou que o governo também está avaliando os gastos públicos.

O novo ministro da Fazenda observou também que há pequenas empresas no país que pagam pouco Imposto de Renda. Ele citou o caso das empresas pessoais que pagam tributação de 4% a 5% em vez da alíquota máxima de 27,5% do IR cobrado de pessoas físicas.

“Há casos egrégios que permitem que as pessoas acabem com a tributação de 4% a 5% ao invés de 27,5%. Acho que, se houvesse um sentimento nessa direção, primeiro haveria de se tratar desses casos egrégios (importantes)”, declarou Levy a jornalistas ao ser questionado se haveria a possibilidade de aumento da alíquota máxima do Imposto de Renda.

Retomada de confiança
Segundo o novo ministro, os ajustes nas contas públicas buscam a retomada da confiança e do crescimento econômico, mas também ajudarão no controle da inflação. “Um mix entre a política fiscal [de gastos públicos] e monetária [definição dos juros para conter a inflação] é muito importante. Haverá uma disposição da política fiscal em ajudar [a política de juros, com um controle maior de despesas]”, declarou.

O ministro Levy aproveitou ainda para fazer uma analogia com um jogo de futebol. “Temos de acertar o jogo para ter um segundo tempo bom.


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