Cidades

Justiça Federal ouve testemunhas de defesa arroladas por Cerve

São suspeitos de receber US$ 40 mi de propina por meio da Petrobras



Testemunhas de defesa arroladas pelos advogados do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e do lobista Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”, participaram de audiência na Justiça Federal, em Curitiba. O juiz Sergio Moro ouviu dois delegados da Polícia Federal: Marcio Adriano Ancelmo e Erika Mialik Marena.

Cerveró e Baiano respondem pelos crimes de corrupção contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capital entre 2006 e 2012. As irregularidades foram descobertas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). Os réus, que estão preso na Superintendência da Polícia Federal, na capital paranaense, estarão presentes na adiência.

Durante todo o mês março, a Justiça Federal terá oitivas com testemunhas indicadas pelos suspeitos investigados na Operação Lava Jato. Algumas audiências ocorrem presencialmente, e outras por meio de vídeoconferência de diferentes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Guaíra (PR), Paranaguá (PR), Londrina (PR), São Vicente (SP), Vitória (ES), Santo Agostinho (PE), Brasília, Belo Horizonte.

De acordo com denuncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), Fernando Baiano e Nestor Cerveró são suspeitos de receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México.

Fernando Baiano era representante de Nestor Cerveró no esquema, ainda segundo a denúncia. Além dos dois, também foram denunciados nesta ação o doleiro Alberto Youssef – apontado como o líder do esquema bilionário de corrupção e lavagem na Petrobras – e o empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal que chegou a firmar um acordo de delação premiada para passar informações sobre o esquema que fraudava licitações da estatal, conhecido como “clube”.


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