Cidades

Lula diz que Dilma ‘tem que ir para a rua conversar com o povo

Para ele, a presidente também precisa ‘andar por esse país’.



 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a presidente Dilma Rousseff “tem que ir para a rua conversar com o povo” em vez de “ficar na televisão ou na internet ouvindo os que falam mal dela”. O petista, que também defendeu que ela bote “o pé na estrada”, deu conselhos para sua sucessora durante fala para petroleiros.

Lula participou da 5ª Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), em Guararema (SP). Recebido ao som de “Olê, olê, olá, Lula, Lula”, o ex-presidente vestia um macacão laranja, idêntico aos dos sindicalistas, com o nome “Lula” bordado em branco no canto esquerdo.

“Eu penso que ela [Dilma] tem que priorizar andar por esse país. Ela tem que botar o pé na estrada. Ao invés de ficar na televisão ou na internet ouvindo os que falam mal dela, ela tem que ir para a rua conversar com o povo, que está torcendo e querendo que ela governe esse país da melhor maneira possível”, afirmou Lula.

Para o ex-presidente, 2015 vai ser um ano difícil para o país e a presidente precisa mostrar ao povo as dificuldades e perspectivas.

“Nas horas mais difíceis não tem outra alternativa a não ser encostar a cabeça no ombro do povo e conversar com ele. Mostrar quais são as dificuldades e mostrar quais são as perspectivas. Eu acho que a gente vai ter um 2015 difícil. Todos os cenários apontam que vai ser difícil. Eu passei décadas difíceis nesse país. Quem viveu a década perdida sabe do que eu estou falando. Mas eu estou convencido que a presidenta Dilma vai ser motivo de orgulho até o final do mandato dela”, completou Lula.

‘Pequeno aperto’ na economia
Lula também saiu em defesa do governo Dilma Rousseff e listou uma série de medidas recentemente anunciadas da chamada “agenda positiva” do governo federal, como programas de investimento na agricultura.

O ex-presidente justificou o “pequeno aperto” na economia agora para garantir o crescimento e pediu tolerância com a petista. “Ser exigente não é xingar a presidente”, declarou, criticando quem se vale do anonimato nas redes sociais para falar mal do governo. “Em 2003, não sei quantos de vocês me xingaram, mas, naquele tempo, a internet não tinha tanta força. Então, me xingaram em silêncio”, disse.


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