Macapá pode desaparecer se vulcão Cumbre entrar em erupção
Vulcão entrou em erupção pela última vez em 1949, causando danos significativos à ilha de La Palma
A capital do Amapá pode ser destruída por um tsunami se o vulcão Cumbre Vieja entrar em erupção. Localizado no centro da ilha de La Palma, que faz parte das ilhas canárias, a noroeste do continente africano, o vulcão vem sendo observado com preocupação por uma equipe de especialistas da Eventos Geofísicos Globais (GGE), coordenada pelo diretor do centro de pesquisa da University Colloge London, professor Bill McGuire. Os cientistas Simon Day e Steven Ward da Universidade de Londres e Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, também acompanham o Cumbre Vieja com atenção redobrada.
De origem vulcânica e com altitude de 2.500 metros em relação ao nível do mar, a ilha de La Palma é de origem vulcânica e possui outra parte submersa, com cerca de quatro mil metros a partir do soalho atlântico.
Erupção provocaria surgimento de um megatsunami
O Cumbre Vieja entrou em erupção pela última vez em 1949, causando danos significativos à estrutura da ilha de La Palma. Caso ele volte a despertar de novo, provocaria o surgimento de um megatsunami, o que resultaria nas mortes de aproximadamente 100 milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, essas ondas gigantescas atingiriam o litoral brasileiro, calculadamente do Rio Grande do Norte ao Amapá, destruindo para sempre cidades inteiras.
Flanco norte da ilha já se deslocou 4 metros abaixo do seu nível original
e acordo com estudos da GGE, desde 1949 o flanco norte da ilha já se desloucou aproximadamente quatro metros abaixo do seu nível original. A maior preocupação é que, se o vulcão entrar em erupção na situação geográfica atual, a ilha seria rechaçada ao meio e derramaria 500 milhões de toneladas de rocha no oceano Atlântico, provocando o deslocamento de gigantesca massa de água, que se converteria em ondas enormes, podendo alcançar uma altura de até 100 metros.
Os cientistas garantem que, ao serem geradas, essas ondas atingiriam 800 quilômetros por hora, ou seja, a mesma velocidade de um avião a jato. Com a aproximação da costa, a velocidade diminui e o pico da onda aumenta, o que representaria a destruição imediata de centros urbanos e a submersão dos escombros por tempo indeterminado.
Segundo os cálculos estabelecidos pelos cientistas, essas ondas atingiriam a costa brasileira seis horas após o vulcão entrar em erupção. O poder de ação desse suposto megatsumani alcançaria, ainda, a América Central e a América do Norte, ou seja, toda a costa banhada pelo oceano Atlântico, incluindo parte da Europa e África.
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