Cidades

Mazagão ganha Memorial das Parteiras Tradicionais do Amapá

O Ministério da Saúde define como parteira tradicional aquela que presta assistência ao parto domiciliar baseada em saberes e práticas tradicionais 


Nesta segunda (31), o município de Mazagão, há 33 km da capital fará um Ato de Louvor em honra a São Raimundo. O Santo protetor das parteiras do município. A solenidade inicia às 7h30, na Capela de São Raimundo, construção datada do século XVIII. O momento marca a reestruturação da Rede de Parteiras de Mazagão e o lançamento do projeto do Memorial das Parteiras Tradicionais. Um espaço que vai abrigar fotos, utensílios e deve recriar o ambiente do parto humanizado.

O objetivo da proposta é tornar o Memorial um atrativo turístico e simbólico para o município. Durante o lançamento, haverá ainda Roda de Marabaixo e um resgate histórico das primeiras parteiras a formar as famílias mazaganenses. A Associação de Parteiras de Mazagão que já possui o imóvel para o Memorial, iniciou o trabalho de catalogação de informações junto a comunidade. E necessita agora da sensibilização dos órgãos públicos e ao poder legislativo para viabilizar recursos de manutenção da Casa.

De acordo com a representante da Associação, Emília Belo, a instituição contabiliza 50 parteiras em todo o município. Especialmente as que atuam nas localidades da Foz do Mazagão, Piquiazal, Urubueno, Carvão, Mazagão Novo e Velho.
Uma das incentivadoras do projeto, Dalva Miranda destaca a principal função do Memorial. “Nós pretendemos eternizar uma história de pessoas anônimas que contribuíram e contribuem com o município. Além disso, mostrar para os mais jovens a importância do trabalho social dessas mulheres”, apontou Dalva.

Parteira Tradicional
O Ministério da Saúde define como parteira tradicional aquela que presta assistência ao parto domiciliar baseada em saberes e práticas tradicionais e é reconhecida pela comunidade como parteira.

Em muitos lugares a parteira é conhecida como “mãe de umbigo”, “aparadeira”, “parteira leiga” ou “curiosa”. Porém, o Ministério da Saúde adota a denominação de parteira tradicional por considerar que este termo valoriza os saberes e práticas tradicionais e caracteriza a sua formação e o conhecimento que ela detém. As parteiras indígenas e quilombolas estão incluídas entre as parteiras tradicionais, respeitando-se as suas especificidades étnicas e culturais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também preconiza o parto humanizado como um elemento importante para a promoção da saúde, considerando a riqueza cultural e o conhecimento empírico dessas mulheres.


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