O diretor clínico do Hospital de Oiapoque, Luiz Alexandre da Silva, vai se reunir nessa quarta-feira, 25, em Saint George, na Guiana Francesa, para avaliar uma possível parceria entre médicos amapaenses e franceses no combate à febre chikungunya.
Os médicos franceses visitaram o Hospital de Oiapoque na última semana. A proposta é facilitar a transição de pacientes para que sejam atendidos por médicos de sua origem.”Os médicos farão o primeiro atendimento e, ao ser identificada a doença, vão encaminhar o paciente ao seu local de origem”, explicou.
A medida vai ajudar na contabilização dos casos na região. Atualmente, não existe a troca de informações em relação aos registros da febre, o que dificulta um quadro mais específico da doença.
A partir da parceria, os médicos vão compartilhar entre si as informações sobre o número de casos para estatísticas da região. A parceria ainda precisa ser analisada pelas autoridades de ambas cidades para que avaliem a viabilidade e como ocorrerá, principalmente devido à dificuldade da transição de brasileiros na Guiana. “Concordamos com essa parceria devido ao constante trânsito de pessoas na fronteira. Precisamos nos unir para combater essa doença”, afirmou o diretor.
Segundo dados do boletim da Defesa Civil Estadual do dia 20 de março, foram 2.316 casos da febre chikungunya notificados, desses 2.168 foram confirmados, 142 descartados e 6 continuam sob suspeita. Em Oiapoque, cerca de 80 pacientes são franceses.
Desde o dia 2 de março, uma equipe de assistentes sociais da Secretaria de Estado de Inclusão e Mobilização Social (Sims) está em Oiapoque prestando assistência aos moradores atingidos pela febre chikungunya. O Governo do Estado disponibilizou R$ 600 mil, por meio de um termo de cooperação entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Corpo de Bombeiros e Defesa Civil do Estado.
O vírus da febre chikungunya é transmitido pelo mosquito aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue. Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue: febre, dor de cabeça, manchas vermelhas na pele, náuseas e dor no corpo. A principal diferença entre as doenças é que a febre chikungunya atinge as articulações com uma intensidade maior causando inflamação. No Amapá o primeiro caso da doença foi registrado em julho de 2014.
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