Cidades

Médicos são orientados para identificar crianças desaparecidas

No Dia Internacional da Criança Desaparecida, 25 de maio, será feita grande mobilização no Amapá



 

No dia 25 de maio, data em que é celebrado o Dia Internacional da Criança Desaparecida, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os conselhos regionais de medicina (CRMs) farão mobilizações nos estados para chamar a atenção dos médicos e da sociedade para esse problema. A pedido do CFM, o tema será abordado também em audiência pública no Senado Federal, no dia 26.

No Amapá, a Caravana visitará, no dia 25, os hospitais da Criança e do Adolescente, São Camilo e Unimed, em Macapá, além do Hospital de Santana, localizado no segundo maior município do estado, distante 17 quilômetros da capital.

Por ano, estima-se que 50 mil crianças somem no país, e cerca de 250 mil casos ainda não foram solucionados. No mundo esse número chega a 25 milhões. “Os Conselhos enaltecem o grave situação que afeta a sociedade brasileira, notadamente a parcela mais carente. Queremos pedir aos médicos para que fiquem atentos, principalmente, aqueles que atuam na área de pediatria, pois é cada vez maior o número de casos”, alertou o presidente do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima.

Segundo os organizadores do movimento, alguns sinais dados por crianças durante uma consulta podem ajudar o médico a identificar casos de meninos e meninas vítimas de sequestro ou de outra forma de afastamento involuntário das famílias. Para orientar os médicos a ficar atentos a esses casos e a contribuírem para a identificação de crianças desaparecidas, o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou, em junho de 2014, a Recomendação CFM nº 4/2014.

Carlos Vital observa que o envolvimento dos médicos nessa campanha de resgate de crianças desaparecidas faz parte das responsabilidades social do profissional. “Em algum momento essas crianças devem passar por uma consulta e o médico pode ser a chave para o resgate”, explica.

A recomendação do CFM chama atenção para que os médicos estejam atentos às atitudes das crianças. Observar como ela se comporta com o acompanhante, se demonstra medo, choro ou aparência assustada, ou se existem marcas físicas de violência, como cortes, hematomas ou até abusos, pode ajudar na identificação de vítimas.

A recomendação ainda alerta para que os médicos exijam a documentação do acompanhante, que devem ser os pais, avós, irmão ou parente próximo. Caso contrário, o médico deve perguntar se a pessoa tem autorização por escrito. Outra dica: o médico deve desconfiar se o acompanhante fornecer informações desencontradas, contraditórias ou não souber resposta de perguntas básicas sobre a criança. Ao se deparar com casos suspeitos, de acordo com a recomendação, o médico deve comunicar às autoridades competentes.


Deixe seu comentário


Publicidade