Cidades

Ministério da Saúde revela que quase 20% dos macapaenses sofrem com hipertensão

E segundo a diretora de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, o sal é o principal responsável pelos casos


Em Macapá, mais de 19% da população têm hipertensão. O número é da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 2015. E segundo a diretora de promoção da saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, o sal é o principal responsável pelos casos.

“O excesso de consumo de sal ele tende a elevar a pressão arterial. Ele (sal) está no nosso dia a dia. As pessoas botam muito sal na comida, botam muito sal na salada… Enfim, tem uma tendência das pessoas a usarem muito sal. Isso aumenta o risco da doença cardiovascular porque ao aumentar a pressão arterial o coração também tem que trabalhar com mais força”.

O consumo de sódio dos brasileiros excede em mais de duas vezes o limite máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de cinco gramas por dia. A média nacional é de 12 gramas por pessoa. A diretora de Promoção da Saúde, Fátima Marinho, explica que, para combater o consumo excessivo de sódio em todo Brasil, o Ministério da Saúde firmou um acordo com a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia).

“A indústria que produz alimento e que usa sal nessa produção fez um acordo muito bem sucedido em que a indústria tem reduzido as quantidades de sal em vários alimentos. Por exemplo, a bisnaguinha que todo mundo dá para o filho pensando que é um pãozinho, só um pãozinho, mas é cheio de sal e gordura. Com o acordo, a redução foi muito grande. O que a gente precisa trabalhar agora é o hábito de colocar sal na comida. Naquela comida que é preparada em casa ou até em restaurantes”.

Em quatro anos de funcionamento, o acordo do Ministério da Saúde com a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia), possibilitou a retirada de quase 15 mil toneladas de sódio dos produtos alimentícios. Com a redução do consumo excessivo de sal, será possível reduzir em até 15% os óbitos por AVC e em 10% óbitos por infarto. Além disso, mais de um milhão e meio de pessoas poderão ficar livres de remédios para hipertensão, além de acrescentar quatro anos a mais na expectativa de vida de indivíduos hipertensos. É o que explica a diretora de Promoção da Saúde, Fátima Marinho.

“O que eu espero para a população é um alimento que ela compra, que é industrializado, mas que vai ser mais saudável do que era antes. Então, se eu reduzo o sal, eu consigo ter impacto em reduzir a pressão arterial. E ao reduzir a pressão arterial, eu consigo reduzir morte por doença cardiovascular. O nosso objetivo é manter a população saudável e vivendo por muito tempo. Mas com uma vida saudável, e não doente”.

Só em 2015, o Ministério da Saúde gastou quase 30 milhões de reais em procedimentos hospitalares relacionados à hipertensão arterial. Para mais informações acesse www.saude.gov.br.


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