A hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, em Ferreira Gomes, a 137 quilômetros de Macapá, está sendo investigada pelo Ministério do Trabalho. No dia 7 de maio, a empresa liberou um volume excessivo de água do rio Araguari, que teria provocado a enchente na cidade, atingindo 1,4 mil pessoas. A empresa foi notificada pela instituição e tinha até essa quarta-feira, 13, para apresentar documentos relacionados ao efetivo de trabalhadores e funcionamento da área atingida.
De acordo com a superintendência do Ministério do Trabalho no Amapá, as informações exigidas são referentes ao número de empregados ativos e desligados, os nomes dos componentes da Comissão Interna de Preveção de Acidentes (Cipa), contratos das firmas contratadas, comprovantes e atestados referentes à segurança e saúde dos trabalhadores, além de relatórios de risco de acidentes, do plano do controle de evasão e de monitoramento de segurança das ensecadeiras .
Segundo a superintendente regional Joelma Santos, uma equipe do ministério e auditores se deslocaram para a cidade um dia após a cheia do rio Araguari, e inspecionaram a área onde foi aberta a ensecadeira da hidrelétrica que teria provocado a vazão da água.
“Inicialmente, foi constado que não houve risco grave ou iminente ao trabalhador, pois todos eles haviam sido retirados da área no momento do desaguamento. Verificamos também o campo desses trabalhadores e não tinha nenhum risco de acidente. Se houvesse qualquer um desses casos, a obra seria embargada ou as atividades seriam suspensas”, falou Joelma.
A superintendente disse que a partir do resultado do laudo que apontará as causas da enchente, e da documentação exigida, o ministério poderá autuar a empresa, caso seja detectada alguma irregularidade.
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