Ministro Chioro se preocupa com desenolvimento do “Mais Médico
Cerca de 63 milhões de brasileiros podem ficar sem assistência médica
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, classificou de “verdadeiro atentado” ao Programa Mais Médicos a proposta de autoria do PSDB, em tramitação no Senado Federal, de invalidar o termo de cooperação firmado pelo governo brasileiro e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Segundo o ministro, se a mudança for aprovada, cerca de 63 milhões de brasileiros podem ficar sem assistência médica em todo o país.
“O projeto de decreto legislativo da liderança do PSDB é um verdadeiro atentado ao programa, ele significa a derrocada do Mais Médicos, porque imediatamente nós perderíamos 11.487 médicos, que são os profissionais cubanos engajados no programa. Não consigo entender como alguém comprometido com a saúde pública proponha algo assim”, disse o ministro.
Chioro se referiu ao Projeto de Decreto Legislativo 33/2015 apresentado no Senado Federal na última segunda-feira (23). A proposta dos senadores Cassio Cunha Lima (PB) e Aloysio Nunes (SP), líder e vice-líder do PSDB, respectivamente, trata do termo de cooperação firmado pelo Ministério da Saúde e a Opas, referente à participação de cubanos no Programa Mais Médicos. O projeto está, atualmente, em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.
“É lamentável questionar a relação do Brasil com uma instituição centenária como é a Opas. Na prática, o decreto rompe e torna nulo o convênio com a organização, que permite que mais de 11,4 mil médicos cubanos possam trabalhar no Programa Mais Médicos. Eles trabalham em região de floresta, nas aldeias indígenas, nos quilombolas, no Semiárido, nas regiões mais críticas do país. É um atentado contra a população brasileira”.
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