Cidades

Ministro compara protestos contra Dilma a ataques sofridos por

Escalado para fazer parte da equipe que monitorou os protestos deste fim de semana, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, comparou as manifestações contrárias à presidente Dilma Rousseff aos ataques sofridos pelo ex-presidente Getúlio Vargas nos anos 1950.



 

Integrante do grupo dos conselheiros políticos de Dilma, o ministro disse ser “inaceitável” que setores da sociedade defendam o impeachment da presidente. Em sua sala, no quarto andar do Palácio do Planalto, ele avaliou que pedir a cassação do mandato “é sinônimo de golpe”.

Para ele, os protestos contra Dilma se assemelham à “velha tática” empregada pelo jornalista Carlos Lacerda, principal opositor de Getúlio Vargas.

“Alguns setores que organizam o impeachment parecem recorrer à velha tática do [Carlos] Lacerda nos anos 1950 na sua relação com o governo Getúlio. Lacerda dizia que se ele fosse candidato, não poderia ser eleito. Que se fosse eleito, não poderia tomar posse. Que se tomasse posse, teria que ser derrubado do governo. Então, parece que alguns setores trabalham com essa hipótese”, disse.

Durante a campanha presidencial de 1950, Lacerda publicou um artigo em seu jornal, “Tribuna da Imprensa”, no qual escreveu: “O senhor Getúlio Vargas não deve ser candidato à Presidência; candidato, não deve ser eleito; eleito, não deve tomar posse; empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar”.


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