Ministro do STF divide em 42 partes depoimentos de Youssef e P
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, durante o recesso do Judiciário, dividir em 42 partes
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, durante o recesso do Judiciário, dividir em 42 partes os depoimentos dados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Yousseff nas delações premiadas feitas dentro da Operação Lava Jato, que investiga desvios de dinheiro da estatal.
O fato de a divisão ter sido determinada pelo ministro Zavascki, relator do processo da Lava Jato no STF, significa que, em todas essas 42 partes, foram mencionadas autoridades com prerrogativa de foro, como deputados, senadores e ministros. Essas autoridades somente podem ser investigadas no STF.
Esses 42 procedimentos tramitam no Supremo como processos ocultos, que têm grau de sigilo maior que o dos processos comuns em segredo de Justiça.
No fim de dezembro, o procurador-geral Rodrigo Janot, responsável por eventuais denúncias contra políticos, pediu que o Supremo autorizasse a divisão dos depoimentos, a fim de facilitar as investigações da PGR, o que o ministro Zavascki concedeu durante o recesso do Judiciário. O desmembramento permitirá dar início às investigações dos políticos.
Nas delações, Costa e Youssef citaram nomes de políticos que teriam participado de esquema de corrupção na Petrobras. Mais de 30 nomes teriam sido citados. As 42 partes podem não necessariamente significar que 42 parlamentares serão investigados. Pode haver mais de um nome citado em um trecho da delação. O procurador poderá ainda arquivar outros nomes citados.
Em até 15 dias, o procurador-geral definirá quais dos citados nos 42 procedimentos ele pretenderá investigar. Se ele julgar que há indícios de cometimento de crimes, poderá apresentar ao Supremo o pedido de abertura de inquérito.
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