Cidades

Moradores do Habitacional do Congós lamentam ter que sair após investirem nos apartamentos

A ação de reintegração foi movida pela Procuradoria Patrimonial e Ambiental da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Segundo o Governo do Amapá, após a reintegração de posse as obras do Habitacional serão retomadas.


Railana Pantoja
Da Redação

 

Nesta terça-feira (21), a Justiça Federal concedeu ao Governo do Amapá a reintegração de posse do Conjunto Habitacional do Congós, ocupado de forma irregular desde julho deste ano.

A data da reintegração ainda não foi divulgada, mas, moradores que invadiram alguns blocos do Habitacional estão lamentando a decisão e alegam não ter moradia se saírem do local. Além disso, alguns até fizeram investimentos nos apartamentos, colocando janelas, portas, grades, fazendo pinturas e finalizando o que faltava. “Eles querem que a gente saia, mas não temos para onde ir. Se estamos aqui é porque precisamos, não temos nem água e nem energia, então, ficamos no sufoco por necessidade. Além disso, a maioria já investiu nos apartamentos, no meu até pintura já fiz. Se vão nos tirar, arranjem lugar pra gente ficar, não temos condições de pagar aluguel”, disse uma moradora que não quis ser identificada.

Antes da invasão, o local servia como ponto de tráfico de drogas e lixeira viciada, bem como, era refúgio de criminosos que assaltavam na região e usavam o Habitacional como esconderijo.

A ação de reintegração foi movida pela Procuradoria Patrimonial e Ambiental da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Segundo o Governo do Amapá, após a reintegração de posse as obras do Habitacional serão retomadas, e a ocupação ocorrerá somente quando o projeto for entregue. “As pessoas estão ocupando um local que ainda não oferece condições de moradia. Mesmo que as unidades estejam praticamente prontas, ainda faltam ajustes e os serviços básicos de água e luz. Outro fator é que, quando a obra for entregue, já existe um direcionamento das famílias que serão contempladas. Foi necessário mover essa ação para garantir o ordenamento e também o prosseguimento das obras pela Secretaria de Estado da Infraestrutura”, afirmou o procurador-geral Narson Galeno.


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