Moro estabelece fiança de R$ 500 mil para acusado de obstruir
O juiz Sergio Moro, da Justiça Federal em Curitiba, autorizou, mediante fiança de R$ 500 mil, a soltura de Guilherme Esteves de Jesus, investigado por lavagem de dinheiro com origem no esquema de corrupção que operava na Petrobras.
No mesmo despacho, Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra ele e a esposa, Lilia Loureiro Esteves de Jesus. Segundo a denúncia, Esteves foi preso por embaraço à investigação, ao dificultar a ação de agentes da Polícia Federal (PF) durante cumprimentos de mandados de busca e apreensão da 9ª fase da Operação Lava Jato.
Segundo o MPF, na manhã do dia 5 de fevereiro, Esteves e sua esposa atenderam à PF pelo interfone e atrasaram a entrada dos agentes alegando que iriam prender os cachorros. Em seguida, conforme a Procuradoria, os dois juntaram provas e dinheiro e fugiram pela porta dos fundos. De acordo com o MPF, toda a cena foi gravada por câmeras do circuito interno da residência.
Provas
Conforme o juiz Sergio Moro, as provas apresentadas pelo MPF sobre a tentativa de obstruir as investigações são suficientes para aceitar a denúncia contra Esteves e a esposa.
Como ainda carecem de investigações as denúncias de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, Moro optou por transformar a prisão preventiva em medidas cautelares alternativas. Dentre essas medidas estão: entrega do passaporte e proibição de deixar o país; comparecimento a todos os atos processuais, salvo dispensa expressa do Juízo; e proibição de mudança de endereço, sem prévia autorização da Justiça.
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