Cidades

Novas provas sugerem que Marcos Góes recebeu propina de R$ 40

O empresário Mário Góes, preso da Operação Lava Jato



 

O empresário Mário Góes, preso da Operação Lava Jato, e apontado pelo Ministério Público Federal como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras, recebeu R$ 40 milhões de empresas sob suspeita. Documentos encontrados pela Polícia Federal (PF) na casa e no escritório do empresário oferecem novos indícios de que empreiteiras investigadas pela Lava Jato pagaram propina para fazer negócios com a estatal.

Mário Góes é suspeito de ser um dos operadores do esquema envolvendo a empresa Arxo. Ele está preso Superintendência da Polícia Federal (PF) de Curitiba desde o dia 8 de fevereiro.

O Jornal Nacional teve acesso à decisão do juiz que pede a apresentação de documentos que possam confirmar a efetiva prestação dos serviços. Os contratos, segundo o MPF, comprovam que o acusado seria um intermediador de propinas entre empreiteiras contratadas para obras na Petrobras e dirigentes e empregados da Petrobras.

Ainda conforme o MPF, durante os cumprimentos de busca e apreensão nos endereços de Góes foram apreendidos diversos contratos celebrados entre a Riomarine Oil e Gas Engenharia e Empreendimentos Ltda e diversas empreiteiras como a Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, MPE, OAS, Setal e UTC ou consórcios por elas integrados.

Segundo o MPF, os contratos visavam habilitar Goes a receber propinas, que depois seriam repassadas a empregados e dirigentes da Petrobras. O juiz Sérgio Moro pediu que a defesa de Mario Goes comprove se os serviços foram realmente prestados.

A construtora Camargo Corrêa declarou, em nota, que não participou do acordo dos executivos com o MPF. A norte energia – que faz parte do consórcio responsável pela construção da Usina Belo Monte – declarou que só vai se manifestar depois de ter acesso aos depoimentos.

O consórcio construtor Belo Monte afirmou que não houve a divulgação de um só depoimento que contenha acusações contra o consórcio e refutou com veemência o que chamou de ilações irresponsáveis. A construtora Andrade Gutierrez, afirma que cumpriu todos os processos legais de contratação.


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