Cidades

“O autismo não entrou na minha vida pela dor, foi pelo amor”, diz especialista

Quando se celebra o Dia Internacional de Conscientização do TEA, a Diário FM ouviu profissionais que lidam com o transtorno


 

Douglas Lima
Editor

 

Dois de abril celebra o Dia Internacional de Conscientização do Autismo, e o programa ‘Ponto de Encontro’ (Diário FM 90,9) desta terça-feira, 2, focou no assunto, ouvindo especialistas que, entre outros pontos, tiraram dúvidas acerca do tema.

 

A anfitriã doutora Ingrid Dias, fonoaudióloga, especialista em autismo, acompanhada de seu grupo de profissionais, abriu a conversa falando da importância de se discutir o tema. “Falo de autismo todos os dias”, pontuou Ingrid.

 

“O autismo não entrou na minha vida pelo dor, foi pelo amor. Na faculdade em 2011, em Fortaleza, no Ceará, conheci um menino; eu nunca tinha ouvido falar de autismo, então fui estudar; foi amor à primeira vista, foi daquele menino que começou tudo na minha vida”, complementou Ingrid, contendo a emoção.

 

Rosiane Távora, psicóloga analista, complementou a conversa informando que “os primeiros terapeutas são os pais”, pois são eles que reconhecem as primeiras características e comportamentos, e notam as atitudes atípicas para crianças de sua faixa etária. Rosiane informou que atraso de fala ou até mesmo a incapacidade de fazê-lo, são um dos principais cenários notados.

 

A fonoaudióloga Nulciene Hidaka falou que devido ao problema na fala, é comum os pais procurarem primeiro os especialistas em fono. “Eles vêm até nós antes de irem ao neuro; às vezes eles levam essa demanda até para o pediatra dos postos de saúde”, lamentou Nulciene, acerca da desinformação do tema. “Os fonoaudiólogos fazem a avaliação depois encaminham para o neuropediatra”, complementou.

 

A doutora Rafaela Carvalho, psicopedagogia, falou da importância do tratamento desde os anos iniciais da criança autista, e alertou que o tratamento tardio não tem tanta eficácia na diminuição de problemas sociais, pois é na fase de desenvolvimento que os estímulos de habilidades se mostram necessários para melhorar as habilidades corriqueiras para o melhor convívio no futuro.

 

Fechando a conversa, Ingrid trouxe dados curiosos sobre o autismo, como o fato do transtorno ser representado pela cor azul. A doutora explica que a incidência do TEA é muito maior em meninos, e que são poucas meninas com o diagnóstico positivo.

 


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