Para 55% dos brasileiros, situação da economia vai piorar, diz
Aponta que oito em cada 10 brasileiros esperam alta da inflação
Diante de um horizonte de incertezas econômicas no país, pesquisa do Instituto Datafolha publicada, revela que 55% dos brasileiros acreditam que a situação da economia vai piorar nos próximos meses. O pessimismo nas expectativas da população disparou em comparação ao penúltimo levantamento do instituto, realizado em dezembro, quando 28% dos entrevistados esperavam a piora da economia.
Este é o patamar mais alto de pessimismo dos brasileiros desde dezembro de 1997, ano em que a pergunta passou a ser elaborada pelo instituto Datafolha. Ainda de acordo com o levantamento, oito em cada 10 entrevistados apostam na elevação da inflação daqui para a frente.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 1,24% em janeiro.
Foi a taxa mensal mais alta desde fevereiro de 2003, quando ficou em 1,57%. A expectativa do mercado para o IPCA deste ano subiu para 7,01% na última semana, acima do teto estabelecido pelo governo para a inflação, de 6,5%.
Desemprego
Apesar de o Brasil ter fechado 2014 com taxa de desemprego em patamar baixo (4,8%), as pessoas ouvidas pelo Datafolha esperam a elevação do índice. Para 62% dos entrevistados, o desemprego deve subir nos próximos meses.
Conforme o instituto, este é o maior nível de pessimismo em torno das vagas de trabalho desde julho de 2002. Apenas 13% dos brasileiros acreditam que o índice de desemprego deve cair neste ano.
Em outubro, em plena campanha eleitoral, o quadro de expectativas sobre o desemprego era bem distinto. Na ocasião, 26% dos entrevistados diziam crer que o índice iria aumentar, enquanto 31% afirmavam que o desemprego iria diminuir.
Avaliação governo Dilma
O governo da presidente Dilma Rousseff, conforme o Datafolha, é avaliado negativamente por 44% dos entrevistados). O índice de eleitores que avaliaram o governo da petista como “ótimo” ou “bom” é de 23%.
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