Para Aécio, saída de Graça Foster era ‘inevitável’; Falcão adm
Além do impacto no mercado financeiro, a inesperada renúncia da cúpula da Petrobras
Além do impacto no mercado financeiro, a inesperada renúncia da cúpula da Petrobras nesta quarta-feira (4) repercutiu intensamente no meio político. Presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) afirmou por meio de nota oficial que era “inevitável” a saída de Graça Foster do comando da estatal do petróleo. Já o presidente nacional do PT, Rui Falcão, reconheceu que houve um “desgaste” na gestão de Graça Foster, mas ressaltou que não há nenhuma suspeita de desvio ético da parte dela.
“Eu acho que as mudanças se dão para fortalecer a empresa. Havia muita crítica, havia desgastes e quando isso ocorre… Não há nenhum desvio ético por parte da presidente. Ela não está em questão. Não há nenhuma denúncia contra ela”, ponderou Falcão ao final de uma reunião com a bancada petista na Câmara dos Deputados.
“A queda da presidente [da Petrobras], Graça Foster era inevitável. A presidente da República achou que mantendo Graça à frente da Petrobras ela estaria blindada das irresponsabilidades e dos desvios que ocorreram na companhia. A partir de agora, quero afiançar, estaremos instalando a CPMI no Congresso Nacional para que todos os desvios apontados continuem a ser investigados”, ressaltou Aécio Neves por meio de comunicado divulgado por sua assessoria de imprensa.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), admitiu que não havia mais condições “políticas, gerenciais e de credibilidade empresarial” para a manutenção da atual diretoria. “Acho que a mudança vem num bom momento principalmente porque dá sangue novo à empresa e reinstitui a credibilidade que ela precisa ter”, afirmou.
Líder interino do PMDB na Câmara, o deputado Marcelo Castro (PI) considerou a saída de Graça Foster uma “boa atitude” da presidente da República, “aplaudida por todos”. Na opinião dele, a atual diretoria ficou “fragilizada” diante do escândalo de corrupção. “Todos nós achávamos que a presidente precisaria tomar essa decisão mais cedo ou mais tarde. Talvez pudesse ter feito mais cedo, mas fez agora”, comentou Castro.
Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (PSDB-SP), a saída de Graça Foster foi ‘tardia’. O tucano também afirmou que a dirigente foi mantida todo esse tempo à frente da estatal para “limpar a barra do governo”.
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