Para Angela Merkel, renúncia de premiê grego é ‘solução’ para crise
Em meio a crise econômica, Aléxis Tsipras renunciou ao cargo
Após almoçar com a chanceler alemã Angela Merkel em Brasília, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a colega do país europeu considerou a renúncia do premiê grego Aléxis Tsipras como parte da “solução” para que o país supere a crise econômica pela qual passa.
Dilma se reuniu com Angela Merkel pela manhã no Palácio do Planalto e, depois, seguiu com a chanceler para o Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Após se despedir de Merkel, ela falou a jornalistas e comentou a renúncia do ex-primeiro-ministro da Grécia.
“A renúncia do Tsipras faz parte não de uma crise, mas faz parte de uma solução, foi isso que a chanceler [Merkel] disse para mim. Ele vai recompor o governo dele e por isso ele renunciou”, declarou a presidente no Itamaraty.
Turbulência política
O líder grego tem enfrentado uma rebelião dentro de seu partido, o esquerdista Syriza, desde a aprovação do acordo para o terceiro pacote de ajuda financeira ao país.
Ao menos 44 parlamentares não apoiaram o governo na votação que aprovou o resgate, no valor de € 86 bilhões. O antecipação eleitoral tem sido esperada desde a aprovação do resgate no parlamento, que evidenciou a divisão no seio do partido de Tsipras, culminando em seu enfraquecimento político.
Com o acordo concluído, a Grécia deixou uma zona de alta turbulência financeira, mas entrou em uma dura fase de cortes. O ministro de Energia da Grécia, Panos Skurletis, afirmou que as eleições antecipadas se transformaram em uma opção necessária porque o Syriza “perdeu poder e, por extensão, o governo e também por uma questão de legitimidade democrática”.
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