Cidades

Para ministro da Saúde, CPMF deve incidir sobre mais ricos

Cobrança do “imposto do cheque” deixaria de fora a classe média, indica Chioro



 

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que a volta da CPMF (Contribuição sobre Movimentações Financeiras), se aprovada pelo Congresso Nacional, não deve incidir sobre a classe média.

O retorno do imposto do cheque (CPMF) para financiar a saúde é uma das propostas defendidas no 5º Congresso do PT, que está sendo realizado em Salvador. “A ideia é tirar da cobrança amplos setores da classe média”.

Chioro indicou que o imposto deve incidir sobre os mais ricos. “Não vai mais ter CPMF do jeito que era”.

Embora o governo queira se aproximar da classe média, Chioro negou que a estratégia de tributação esteja sendo planejada com esse objetivo e disse estar conversando com todos os governadores sobre formas de sustentar o SUS (Sistema Único de Saúde). “Sou ministro da saúde do Brasil, e não do PT”.

Questionado sobre a decisão do PT de incluir a defesa da CPMF na Carta de Salvador, documento com as resoluções finais do Congresso petista, Chioro disse concordar com a iniciativa. “Acho importante porque sinaliza um debate para o Congresso Nacional. Fico satisfeito porque estamos tomando a dianteira nesse debate”.

Conhecida como “imposto do cheque”, a CPMF foi extinta em 2007, no governo Lula. A derrubada do imposto foi considerada como uma das maiores derrotas do governo à época.


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