Cidades

Pastoral da Terra fala sobre novo conflito envolvendo família que foi alvo de chacina em 1994

O caso a ser relatado pelo padre Sisto Magro envolve o fazendeiro paranaense José Luis Schuchovski, que teria sido beneficiado com as terras onde 22 anos atrás foram esquartejadas cinco pessoas da familia Magave.


PAULO SILVA
DA REDAÇÃO

O padre Sisto Magro, coordenador da Comissão Pastoral da Terra – CPT Amapá, marcou entrevista coletiva para esta sexta-feira (4/11), às 9 horas, no Centro Diocesano de Pastoral, tendo como pauta a família Magave, do município de Amapá, que estaria sofrendo um segundo golpe 22 anos após a chacina que matou cinco pessoas.

O caso a ser relatado pelo padre Sisto Magro envolve o fazendeiro paranaense José Luis Schuchovski, que teria sido beneficiado com as terras onde 22 anos atrás foram esquartejadas cinco pessoas da familia Magave.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, em 1994 o fazendeiro José Luis Schuchovski, foi para Curitiba abandonado suas terras. Já em 2012, ele ingressou na Justiça pedindo a reintegração de posse das terras que já haviam sido ocupadas por outras pessoas.

Ocorre que ao refazer a cerca, Schuchovski teria modificado a direção da mesma e invadido terras pertencentes a família, que buscou seus direitos na Justiça, mas razão foi dada ao fazendeiro. Ele teria respondido todo o processo por carta precatória, já que não vive no Amapá. Antes da sentença, segundo a CPT, o Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá (IMAP) vistoriou a área a pedido do juiz e confirmou que a mesma foi invadida pelo fazendeiro, mas mesmo assim a Justiça deu ganho de causa a ele.

Em 1994, uma suposta briga por terra vitimou no município de Amapá cinco membros da mesma família. Na época, o crime ficou conhecido em todo Brasil como a chacina da família Magave. Vinte e dois anos depois a mesma família estaria sofrendo mais um golpe. Segundo a Pastoral da Terra,  uma decisão do juiz da comarca de Amapá, José Castellões Menezes Neto, indeferiu o pedido de manutenção na posse de terra de três remanescentes da familia Magave.


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