Perigo do uso de telas é tema de palestra do MP-AP para novos servidores da Educação
A palestra faz parte do processo de acolhimento e integração dos aprovados no último concurso para servidores da rede de ensino
O promotor de justiça de Defesa da Educação, Iaci Pelaes, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Educação (CAO-Edu), atendeu ao convite da Secretaria de Estado da Educação (Seed) e palestrou na Aula Magna do curso de qualificação inicial para novos servidores da área. A palestra ocorreu nesta segunda-feira (13), no Auditório da Justiça Federal do Amapá.
O tema, “O Perigo do abuso das telas para a aprendizagem infanto-juvenil”, é uma proposta do Ministério Público do Amapá (MP-AP) que está levando o debate para escolas e instituições através dos CAOs da Educação e da Infância e Juventude (CAO-IJ), e das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude de Macapá.
A palestra faz parte do processo de acolhimento e integração dos aprovados no último concurso para servidores da rede de ensino. O fisioterapeuta Gláucio Silveira e a psicóloga Mayana Lacerda também contribuíram com a explanação do tema, considerado essencial para educadores, pais e responsáveis.
O uso de telas, principalmente de celular, é um debate que o MP-AP incentiva desde 2024, com base em estudos e experiências que mostram os impactos negativos na saúde física e mental, e no aprendizado de crianças e adolescentes. Em novembro, um seminário promovido pela instituição reuniu especialistas e educadores para discutir o assunto.
Na Aula Magna, o promotor Iaci Pelaes falou sobre a restrição ao uso de celular, baseado em fundamentos jurídicos e científicos, e colocou como questionamento a invasão à liberdade e o direito à educação e à inclusão digital. O promotor chama ainda a atenção para a regulamentação da Lei 2009/2016, como base para a implementação de políticas públicas que visem conscientizar e estimular o debate sobre a criação de políticas pedagógicas e normativas para uso de equipamentos eletrônicos nas salas de aula.
“Este tema deve ser levado para outros ambientes escolares para que mais pessoas, principalmente estes educadores que estão iniciando a carreira na rede pública, e pais, tenham conhecimento dos efeitos do uso de telas em crianças e adolescentes, e percebam as mudanças de comportamento que muitas vezes são confundidas com outros males. É muito importante estarmos todos atentos para avaliar e adotar providências”, disse o promotor.
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