PGR vê indícios de ‘organização criminosa complexa’
Nos documentos enviados ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF)
Nos documentos enviados ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), para pedir abertura de inquéritos a fim de investigar 47 políticos e dois operadores do esquema da Operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sugere que parlamentares, ex-parlamentares, ex-ministros e ex-governadores estariam envolvidos em uma “organização criminosa complexa”.
O PGR pede no texto que todo o núcleo político do esquema seja investigado, inclusive aqueles agentes públicos que não têm mais foro privilegiado no STF. Segundo Janot, a medida é necessária para o “melhor andamento” da investigação, “especialmente para demonstrar o delito de quadrilha”.
Segundo o procurador-geral, os agentes políticos não apenas tinham consciência de que os valores repassados a eles eram provenientes de vantagens indevidas pagas a diretores e altos funcionários da Petrobras, mas também atuavam para dar continuidade do esquema criminoso.
Nos documentos enviados ao STF, o procurador-geral afirma que os agentes políticos do PP, responsáveis pela indicação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras, recebiam, mensalmente, um percentual do valor de cada contrato firmado pela diretoria. Outra parte era destinada a integrantes do PT, responsáveis pela indicação de Renato Duque para a diretoria de Serviços.
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