Cidades

‘Porta da minha casa está aberta’, diz Eduardo Cunha sobre aç

Presidente da Câmara foi perguntado se temia ser próximo alvo da polícia.



 

Um dia após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão nas residências de três senadores, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que a porta da casa dele “está aberta” para receber os agentes.

Na terça (14), a Polícia Federal deflagrou a Operação Politeia, um desdobramento da Operação Lava Jato, que cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dos senadores Fernando Collor (PTB-AL), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Ciro Nogueira (PP-PI) e de outros políticos. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que estuda ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a ação policial. Um dos argumentos é de que a PF não poderia entrar em imóveis funcionais, como no caso de Collor.
“A porta da minha casa está aberta, vão a hora que quiserem. Pode ir a hora que quiserem. Eu acordo às 6h, que não cheguem antes das 6h, para não me acordar. Eu não sei o que eles querem buscar lá, mas se quiserem estou às ordens”, disse Cunha ao ser perguntado se “temia” que fosse o próximo alvo das diligências da PF nos desdobramentos da Operação Lava Jato.

Questionado sobre se concorda com a posição de Renan, Cunha não quis entrar na polêmica: “Eu prefiro não comentar.” Os presidentes da Câmara e do Senado são investigados em inquéritos no STF por suspeita de envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras que se tornou público com Operação Lava Jato.

Segundo a Polícia Federal, o objetivo da Politeia é evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados. As buscas ocorreram nas residências de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos.

Cunha também foi perguntado por jornalistas se comunicou a Temer que novas CPIs que contrariam o governo seriam criadas a partir de agosto.

Ele disse que não fez comunicado algum, porque “todos sabem” que comissões parlamentares de inquérito serão criadas no segundo semestre, com o término do prazo das CPIs que atuam hoje na Câmara. “Acho que nenhuma CPI agrada ao governo. Novas CPIs haverá, sem dúvida. Algumas CPIs estão com prazo acabando e outras CPIs vão andar. Todos sabem que isso vai acontecer”.


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