Prefeitura de Macapá entrega reconstrução e ampliação do Posto de Saúde da comunidade quilombola Torrão do Matapi
Nova estrutura garante acesso à saúde de qualidade para sete comunidades do entorno

Nesta sexta-feira (21), Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, a Prefeitura de Macapá realizou a entrega da reconstrução e ampliação do Posto de Saúde da comunidade quilombola Torrão do Matapi. O novo espaço do dispositivo da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) teve sua reforma executada com recursos de uma emenda parlamentar do ex-deputado federal Camilo Capiberibe, no valor de R$170.218 mil, e contou com contrapartida do Tesouro Municipal.
A unidade, que representa um avanço significativo no acesso à saúde para até sete comunidades do entorno do Torrão do Matapi, foi projetada para oferecer uma estrutura moderna e equipamentos de qualidade, garantindo um espaço digno para os atendimentos da equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF), composta por profissionais médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e saúde bucal, além de agentes comunitários de saúde.
O novo espaço conta com dois consultórios médicos equipados, consultório odontológico, sala de triagem para avaliação inicial dos pacientes, sala específica para coleta de Papanicolau (PCCU), farmácia para dispensação de medicamentos, depósito para armazenamento de insumos, copa para uso da equipe de profissionais e paisagismo.
Valdinei Costa, presidente da Associação de Agricultores e Moradores da comunidade Torrão do Matapi, relata que a entrega atenderá o anseio de outras comunidades, como São Tiago, Formigueiro, Areal, Igarapé das Armas e Assentamento Monte Sinai.
“Essa é uma obra que traz muita gratidão, porque a unidade de saúde mais próxima para chegar daqui era na Ilha Redonda ou em outras áreas mais longes, quase 42 km. Então, a dificuldade era muito grande. Só me resta agradecer à Prefeitura Municipal de Macapá, que teve esse cuidado e atenção conosco”, relata o presidente da associação de moradores.
Originários do período colonial, os quilombos eram espaços de resistência e liberdade, formados por pessoas escravizadas que fugiam do sistema opressor em busca de autonomia e dignidade. Hoje, as comunidades quilombolas, como o Torrão do Matapi, representam a continuidade dessa luta, preservando suas tradições e reivindicando direitos básicos, como saúde, educação e infraestrutura.
Para Cristina Almeida, diretora-presidente do Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir), a entrega no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial aponta o cuidado da gestão com a população preta.
“A política pública precisa tratar de forma igualitária e humana, mas, quando se trata de uma ação, a gente precisa colocar como meta a equidade. Ao garantir acesso à saúde de qualidade, estamos honrando a resistência desses povos e construindo um futuro onde ninguém precise percorrer 42 km para ser atendido”, relata a diretora-presidente do Improir.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Erica Aymoré, o Programa Saúde para Todos garante a expansão dos atendimentos dentro de áreas dos grandes centros urbanos, como comunidades quilombolas e regiões ribeirinhas.
“Aqui, a gente vai ter a possibilidade das equipes fazerem o acompanhamento de atenção básica da população circundante, com um pré-natal fortalecido, acompanhamento dos programas Hiperdia, da vacinação das crianças e de todos os moradores daqui do quilombo. O nosso objetivo é fortalecer e facilitar o acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde”, declara Erica Aymoré, secretária municipal de Saúde.
O Posto de Saúde Torrão do Matapi faz parte do pacote de 40 obras que serão entregues durante o ano de 2025, garantidas pelo prefeito de Macapá, Dr. Furlan, em fevereiro deste ano. Para o gestor, o investimento em saúde é fundamental para o desenvolvimento social e a redução das desigualdades.
“Estamos cumprindo nosso compromisso com a população, especialmente com as nossas comunidades. A entrega deste posto é um passo importante para garantir que todos tenham acesso à saúde de qualidade. Essa é a Macapá que queremos: justa, inclusiva e humana”, relatou o gestor.
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