Cidades

Prefeitura deverá decretar estado de emergência no distrito do

Erosão destrói 5 metros de barranco a cada semana. Mais de uma dezena de casas já foram destruídas e outras 30 sofrem risco de desabamento. Situação é crítica



O prefeito de Macapá, Clécio Luis (Psol), aguarda a conclusão de um relatório confeccionado pela Defesa Civil Municipal, Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Coordenadoria Municipal dos Distritos (Comad), em conjunto com a Defesa Civil Estadual, para decretar estado de emergência no distrito de Bailique.

Na manhã desta quarta-feira, 11, no programa Luiz Melo Entrevista (Diário 90,9FM), Clécio disse que o fenômeno ‘terras caídas’ está destruindo casas e prédios públicos à margem do rio Marinheiro, que banha as comunidades das vilas Macedônia e Progresso.

“É uma situação sem precedentes e que temos que enfrentar de forma urgentíssima. Estamos aguardando a conclusão do relatório para poder requerer junto à Secretaria Nacional de Defesa Civil a decretação do estado de emergência. Já temos dezenas de casas destruídas e outras na iminência de serem atingidas. A paisagem mudou radicalmente nas últimas semanas. Famílias estão alojadas nas casas de parentes e precisamos dar uma resposta imediata”, garantiu o prefeito.

Clécio Luis estava aguardando resposta sobre as condições de pouso na pista construída no distrito para poder viajar na manhã desta quarta. “Estamos dependendo dessa informação. Deverá nos acompanhar nessa viagem de inspeção o presidente da Câmara de Vereadores de Macapá, Acácio Favacho, e os vereadores Lucas Barreto e Eddy Clay. Com isso, reforçamos a força tarefa para buscar as soluções”, relatou.

Ainda de acordo com o prefeito, a situação se agravou depois que búfalos desviaram o curso do rio Araguari para dentro do canal Urucurituba, que deságua no rio Marinheiro. “Essa movimentação hidrológica afetou essas comunidades. A força do Araguari está somada ao período chuvoso e das lançantes. Com isso, a massa de água sobre a faixa de terra do Bailique provoca a derrubada dos barrancos”, exemplificou.

Para se ter uma ideia da gravidade do problema, a equipe técnica que monitora a região afirmou que em apenas uma semana o rio avançou 5 metros destruindo a faixa de terra. De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Maycon Vaz, até o momento cerca de 30 residências estão em eminência de desabamento devido estarem próximas à margem, além de prédios administrativos. “Estamos catalogando e identificando as residências das vilas Progresso e Macedônia, dentre elas as que se encontram em eminente risco de desabamento pela erosão, além de analisar a situação da Unidade Básica de Saúde, que está parcialmente destruída. As pessoas estão construindo casas mais acima da margem, ou seja, recuando as edificações. Algumas mudaram para casas de parentes até que a nova moradia seja construída”.


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