Cidades

Presidente da CEA diz que quedas de energia só acabarão em dois anos

CDH da Assembleia Legislativa propõe Termo de Ajustamento de Conduta para acabar com problema.


O presidente da Comissão de Direitos da Pessoa Humana, Questões de Gênero, Assuntos Indígenas, da Mulher, do Idoso, da Criança, do Adolescente, do Afrobrasileiro e Defesa do consumidor (CDH), deputado estadual Pedro da Lua (PSC-AP), propôs um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) a ser cumprido pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) a fim de responsabilizar a estatal pelos transtornos decorrentes das constantes quedas de energia e indenizar consumidores que comprovarem prejuízos.

A proposta foi apresentada nesta quinta-feira, 20, durante oitiva do presidente CEA, Angelo do Carmo, por membros das comissões de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, Saúde e Segurança Pública. Ele explicou que os problemas com a rede, especialmente as quedas de energia, vão durar pelo menos dois anos, prazo que a CEA terá para fazer os investimentos e tirar a companhia do ‘vermelho’.

Ângelo do Carmo explicou que mesmo com a interligação ao Linhão do Tucurui, somente com a troca da fiação existente em Macapá e no interior do estado, a energia elétrica poderá chegar sem oscilação à casa do consumidor. A mudança vai demorar dois anos e custará cerca de R$ 300 milhões. A proposta do TAC é diminuir os transtornos ao longo desse período.

A troca seria uma das soluções para os apagões e desligamentos programados, segundo do Carmo. As constantes falhas no serviço chegaram a gerar a revolta de moradores. Em Santana, a população queimou pneus e interditou ruas. A mesma consequência teve em Laranjal do Jari, que chegou a ficar mais de 24h sem energia.

Os investimentos na rede para receber o Linhão de Tucuruí deveriam ter sido feitos desde 2011, pois tinham previsão de três anos. No entanto a gestão de Camilo Capiberibe só fez a licitação em 2013 e os trabalhos iniciaram em 2014. “Tudo isso poderia ter sido evitado, se a gestão anterior da CEA tivesse sido mais técnica e menos política”, reclamou o presidente da CEA.


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