Presidente da CPI da Petrobras marca depoimento de ministro da
O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), informou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, será chamado para depor na comissão na próxima quarta-feira (15). Requerimento de convocação aprovado na quinta-feira obriga a participação do ministro.
A CPI quer ouvir Cardozo sobre o grampo encontrado na cela da Polícia Federal, em Curitiba, usada pelo doleiro Alberto Youssef, acusado de chefiar esquema investigado pela Operação Lava Jato. A PF nega ter feito escuta ilegal.
Motta explicou ao G1 que preferiu já agendar o depoimento para evitar que fosse gerada especulação em torno da data diante de uma eventual demora por conta do recesso parlamentar. O deputado lembrou, ainda, que há certa indefinição sobre se o Congresso entrará mesmo em recesso por duas semanas a partir do dia 17. Para que isso ocorra, os parlamentares precisam aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
“Como ninguém sabe como vai ser o recesso, resolvi já marcar para não ficarem especulando quando ele seria chamado”, disse Motta.
Nesta quinta, Cardozo divulgou nota na qual disse não ver problema em ser convocado. “Se eu puder colaborar de alguma forma para a elucidação dos fatos, eu o farei. Comparecer ao parlamento é sempre uma honra para mim”, disse o ministro na nota.
O grampo na cela de Youssef foi encontrado em abril de 2014. No último dia 2, a CPI ouviu dois policiais federais que afirmaram que o grampo estava ativo e foi instalado sem autorização judicial, informaram o presidente da comissão e parlamentares que participaram da reunião, que ocorreu a portas fechadas.
O depoimento desmente conclusão da primeira investigação interna da PF, que apontou que a escuta tinha sido colocada na época em que o traficante Fernandinho Beira-Mar estava preso no local.
Agenda da CPI
Na próxima terça (14), além do depoimento de Stael Fernanda Janene, viúva do ex-deputado José Janene, que já estava agendado, Motta adiantou que convocará os presidentes das Samsung no Brasil, J. W. Kim, e da Mitsui, Shinji Tsuchiya.
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