Presidente do Sinsepeap diz que sem acordo greve é mantida no
Anteontem o prefeito Clécio Luís descartou a possibilidade de 13,01% de reajuste
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), professor Aroldo Rabelo, afirmou na manhã dessa quinta-feira, 14, ao programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM), que a greve na rede municipal de ensino será mantida por tempo indeterminado.
A afirmação foi feita um dia após o prefeito da capital, Clécio Luís (Psol), ter declarado no mesmo programa não existir a mínima possibilidade, neste momento, de atender à reivindicação de 13,01% de reajuste salarial dos trabalhadores.
“Sabíamos que a situação chegaria a tal ponto. A prefeitura cometeu alguns equívocos no planejamento do reajuste nos dois últimos anos. Nós, inclusive, já havíamos alertado os gestores para isso, para a forma de como proceder, mas não fomos ouvidos”, disse o presidente do sindicato.
Rabelo exemplifica o caso afirmando que em 2014 a categoria aceitava um reajuste de 8,32% sobre o piso salarial. “Foi a proposta apresentada naquele momento, porém, a prefeitura decidiu fazer a incorporação de 40% da regência de classe para chegar ao piso, mas não teve capacidade para honrar o compromisso. Mais tarde o prefeito fez um acordo com os trabalhadores do magistério para assegurar a aplicação dos 13,01% além de mais duas progressões. E é exatamente isto que estamos cobrando”, disse.
Aroldo disse entender que as promessas do prefeito foram desmontadas pela crise econômica que passou a assombrar o país, mas explica que assim como os professores que estão lutando por seus direitos, os prefeitos também devem se reunir para cobrar do Governo Federal o rateio maior dos repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
“Se eles [prefeitos] não se organizarem, infelizmente a crise na educação só vai piorar. Inclusive, foi por entender a crise econômica que fizemos uma nova proposta, de se parcelar o reajuste, mas a prefeitura não apresentou nenhuma contraproposta. Assim, sem entendimento, tudo permanece como está”, concluiu.
Na manhã dessa quarta-feira, 13, na Diário FM, o prefeito de Macapá, Clécio Luís (Psol), descartou totalmente a possibilidade de atender à reivindicação de 13,1% de reajuste aos servidores da Educação, que estão em greve: “Lamentavelmente eu não posso aumentar essa proposta, porque seria irresponsabilidade da minha parte pelo fato de que quebraria completamente o município. Esse reajuste que estamos oferecendo, por si só, se concedido, já não seria suportado pela atual realidade econômica em que vivemos, com a queda da arrecadação motivada pelo desemprego no setor privado e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios)”.
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