Primeiro caso de Zika Virus registrado no Pará acende sinal de
Sesa adota fluxo de atendimento para pacientes que apresentarem sintomas suspeitos
A confirmação do primeiro caso de zika vírus (ZikV), no estado do Pará, no início deste mês, acendeu o sinal de alerta dos órgãos da área de saúde no Amapá. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) formulou uma Nota Técnica, onde adota o fluxo de atendimento a pacientes que apresentarem sintomas da doença. Assim como a dengue e a chikungunya, o zika também é transmitido pela picada do mosquito Aedes Aegypti.
A nota estabelece a criação de quatro unidades de Vigilância Sentinela que serão a porta de entrada dos pacientes. Adultos ou crianças que apresentarem sintomas de febre por esse vírus deverão ser encaminhados ao Hospital da Criança e do Adolescente/ Pronto Atendimento Infantil (HCA/PAI), Hospital de Emergências (HE), Hospital Estadual de Santana (HES) ou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte.
As unidades sentinelas estarão preparadas para o cumprimento do protocolo de atendimento dos casos de zika, com acolhimento, encaminhamento ao médico, coleta de amostra biológica para exame, respeitando rigorosamente os critérios clínicos da doença e tratamento.
“Como somos um Estado vizinho ao do Pará, e por recebermos em nossos municípios e atendermos um número expressivo de paraenses, nos antecipamos na construção de uma Nota Técnica. Não podemos apenas assistir à doença se aproximar, mesmo que tenha evolução benigna, como anunciou o Ministério da Saúde”, informou o secretário de Saúde, Pedro Leite.
A nota técnica prevê, ainda, informações sobre transmissão, manifestações clínicas, sintomas e tratamento da doença. Segundo o Ministério da Saúde, a evolução da febre por Zika Vírus é benigna, com um período de incubação de aproximadamente quatro dias e os sintomas podem durar até sete dias. O tratamento é sintomático e a Sesa orienta procurar o serviço de saúde para condução adequada.
O zika vírus
Até o momento, são conhecidas e descritas duas linhagens do vírus: uma africana e outra asiática. A doença é caracterizada por febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, dores em articulação e erupção cutânea com pontos brancos ou vermelhos, dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.
O principal modo de transmissão é por vetores. No entanto, consta na literatura científica a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional.
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