Cidades

Professora reivindica para escolas equipes de especialistas no trato com autistas

Mestres estariam adoecendo por não contar, nos educandários, com profissionais especializados em TEA 


 

Douglas Lima
Editor

 

Na manhã desta terça-feira, 18, uma alegre entrevista acerca do Dia do Orgulho Autista, de repente se transformou numa preocupante revelação suscitada por uma ouvinte que já foi professora e em defesa da classe pediu socorro aos mestres dos municípios e do estado do Amapá, que vivem a realidade de ter em classes de 30 ou mais alunos até cinco deles com o transtorno do espectro autista (TEA).

 

A revelação ocorreu no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), durante fala da fonoaudióloga Ingrid Dias, que há 13 anos trabalha com autistas e os considera pessoas maravilhosas. “O autista é um ser tão grande, é amoroso, tem sentimentos lindos, dá o amor mais puro que tem, em troca de nada”, descreveu a especialista.

 

 

De repente, uma professora aposentada, avó de neto autista de 15 anos, entrou no ar, pelo telefone, pedindo socorro aos colegas seus na ativa que não contam com nenhum apoio de especialistas nas escolas para ajudá-los no acompanhamento e aprendizado dos estudantes com o transtorno do espectro autista.

 

“Os professores estão quase para enlouquecer com essa situação, ainda mais porque nenhuma sala de aula pode ter mais de duas crianças com a mesma deficiência, mas aqui no estado do Amapá, principalmente nas escolas municipais, há salas com até cinco crianças assim, sem que providência seja tomada para designar equipes de profissionais especialistas em TEA para atuarem nas escolas”, apelou a aposentada.

 

A doutora Ingrid, por sua vez, confirmou a situação. “É verdade. Os professores estão adoecendo. O pior é que não sabem a quem recorrer”, denunciou a fonoaudióloga, endossando as palavras da ouvinte, ressaltando, contudo, que na clínica onde ela trabalha há curso para atendimento a professores de autistas.

 


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