Professores deflagram greve no Município de Amapá
Educadores afirmam que recebem R$ 1 mil a menos que o piso salarial nacional
Professores das escolas de Ensino Fundamental do município de Amapá, distante 302 quilômetros de Macapá, completaram nessa quarta-feira, 4, dez dias de greve que está retardando o início do ano letivo marcado para 23 de fevereiro. A categoria dos servidores efetivos – ao todo 62 profissionais – cobram o cumprimento do piso salarial nacional fixado em R$ 1.917,78. O sindicato alega que os profissionais recebem apenas R$ 996 de vencimento base, e que um reajuste de 9,32% foi aprovado em maio de 2014 pela Câmara e até fevereiro de 2015 não foi repassado aos contracheques.
A paralisação atinge pelo menos 1,3 mil alunos, a maioria crianças. A rede municipal temnove escolas, sendo quatro na zona urbana e cinco espalhadas pela zona rural. “Esse reajuste de 9,32%, mesmo não atingindo o piso, foi acordado entre os professores e o prefeito, mas desde lá não foi pago para nenhum educador. A decisão da categoria é permanecer até o prefeito nos chamar para conversar, e isso não aconteceu desde o início da greve”, reclamou Josino Costa, presidente do sindicato no município.
As aulas iniciaram em poucas turmas, onde menos de dez professores vinculados através de contratos administrativos estão trabalhando. Os profissionais em greve, juntamente com auxiliares educacionais realizam passeatas e se concentram diariamente em frente a sede da prefeitura do município. A reportagem tentou contato com o prefeito Francisco Assis (PRB), mas não houve resposta das ligações.
Questionado sobre a não aplicação do aumento, o vice prefeito de Amapá, Jair Rangel (PSDB), disse que não tem informações sobre a falta de pagamento do aumento salarial: “Foi votado e aprovado, mas sem explicação o prefeito engavetou a lei. Ela não foi vetada pois foi acordada com os representantes sindicais. Naquele momento não iria atingir o piso, mas aliviaria as perdas salariais dos educadores. Essa incoerência para uma categoria tão nobre tornou a nossa educação um caos”.
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