Professores e técnicos da Unifap deflagram greve
Movimento atinge universidades federais de todo o país
Professores e técnicos da Universidade Federal do Amapá (Unifap) aderiram ao movimento nacional e deflagraram greve nessa quinta-feira, 28. No programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), o diretor do Sindicato dos Docentes da Universidade (Sindifap), Yurgel Caldas, explicou que, além de reajuste nos salários por conta das perdas inflacionárias, as categorias exigem a correção dos critérios de aposentadoria: “Muitos servidores que entram (como funcionários das universidades) já o fazem com perdas salariais quando se aposentam, ao contrário dos antigos, porque sucessivamente o governo federal vem retirando esses ganhos. Estamos reivindicando a valorização de servidores ativos e aposentados”.
De acordo com Yurgel, movimento começou muito forte em todo o País: “Estamos acompanhando a greve desde a manhã (de quinta), e já começou muito forte, com a adesão de mais de 20% das universidades federais. A partir de amanhã (sexta-feira) essa adesão vai aumentar expressivamente, com a deliberação da greve pelo restante das universidades. Para que se tenha idéia, ainda pela manhã, na Região Norte apenas a do Amazonas ainda não havia aderido”, atestou.
Também ouvida, por telefone, a reitora da Unifap, Eliane Superti, assegurou que a greve dos servidores não vai impedir o funcionamento da instituição: “A posição da Reitoria é de respeito à manifestação, porque a greve é direito legítimo de todas as classes trabalhadoras. Nosso papel é administrar, para garantir o funcionamento da instituição pelo menos no percentual de 30% exigido pela lei. O que não vamos admitir são piquetes, pois os direitos dos grevistas não podem se sobrepor aos direitos dos que optam por continuar trabalhando”.
Ao ser questionado sobre o relacionamento com a reitora, que antes de ser eleita para o cargo também era docente, Yurgel Caldas afirmou que nada mudou: “Trabalhei junto com a Eliane no Platô das Guianas, temos algumas divergências estruturais e políticas sobre a Unifap, como sempre tivemos, absolutamente nada mudou. Ela foi e continuará sendo docente, inclusive é sindicalizada, o que em muito facilita para que ela tenha entendimento concreto sobre o movimento, mesmo porque, afinal, a greve não é localizada, pontual, trata-se de um movimento nacional”.
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