Cidades

Projeto ‘Alôzinho’ é expandido em ação sobre perigos do trote para outros municípios do Amapá

A Escola Estadual São Bento, em Santana, recebeu a equipe do projeto coordenado pelo Ciodes. Cerca de 800 alunos participarão de atividades para conscientizar sobre denúncias falsas


 

Com um trabalho lúdico repleto de informações importantes sobre os malefícios do trote, o projeto “Alôzinho”, do Governo do Amapá, começou a expandir o trabalho para outros municípios do estado. A difusão da iniciativa é uma das novidades para o segundo semestre de 2024, que iniciou pela Escola Estadual São Bento, em Santana, na sexta-feira, 20.

 

A política pública é coordenada pelo Centro de Operações de Defesa Social (Ciodes) e em 2023, atendeu cerca de 4,2 mil alunos da rede pública de ensino, com palestras, orientações e outras atividades educativas. A iniciativa foi restabelecida pela atual gestão, em 2023, após dois anos desativada, devido à pandemia da Covid-19 e a “Turminha do Bem” foi repaginada.

 

Com cerca de 800 alunos na unidade de ensino, a equipe do projeto aborda, além do trote, conteúdos como a atuação das forças da segurança pública, temas como saúde mental, bullying e a Lei Lucas, que obriga escolas públicas e privadas, de educação infantil e básica, a se prepararem para atendimentos de primeiros socorros.

 

 

“Queremos mostrar para esse público infanto-juvenil que trote não é brincadeira, gera congestionamento nas linhas telefônicas do Ciodes e atrasa o atendimento das forças de segurança pública ao cidadão que realmente precisa. As instruções serão ministradas pela equipe do projeto, composta por bombeiros e policiais militares”, ressalta a coordenadora do projeto Cintia Alencar.

 

Dados disponibilizados pelo Ciodes mostram que, de janeiro a outubro de 2023, foram registrados 3,1 mil trotes em todo o estado. Em anos anteriores, esse número já ultrapassou 160 mil ligações.

 

Ao longo de 2023, os números sofreram reduções expressivas, porém, a quantidade de chamadas falsas ainda é considerada alta pela coordenação. Mensalmente são registradas uma média de 700 trotes para o centro.

 

 

“Esse fato preocupa e nos chama a atenção e por isso temos o Alôzinho como estratégia para trazer a temática para a escola e para imprensa, justamente para podermos conscientizar a população a não realizar trote, que, de fato, é um crime”, alertou Diego Alves, coordenador do Ciodes.

 

O coordenador lembra ainda que o Ciodes agora trabalha com a comunicação digital, o que ajuda a evitar trotes, pois toda ligação agora tem o número do comunicante identificado.

 

“Com a plataforma digital podemos identificar o número exato, a quantidade que aquele número liga, quantas vezes se repete. Temos um leque de opções com a melhoria do serviço”, garantiu Alves.

 

Os Mascotes

Cada agente do Alôzinho representa uma instituição das forças de segurança do estado. Além de Pepy (Polícia Penal), o grupo conta com o Alôzinho (jovem estudante), Bombom (Corpo de Bombeiros), Militinho (Polícia Militar), Teca (Polícia Científica), Sílvio (Polícia Civil) e o Trotinho, o cachorro que representa a conscientização do combate aos maus tratos contra os animais.

 

 

Atenta a toda a explicação e vibrando com a chegada dos mascotes estava a estudante do 2º ano, Izis Maria Nascimento, de 8 anos. Ela conta que ficou empolgada com a apresentação e a diversão da aula diferenciada que teve junto aos colegas.

 

“Aprendi muitas coisas como a importância de não pode fazer nada de mal com ninguém, que a gente tem que ajudar os animais e todas as pessoas que precisarem. Trote é muito feio e é crime também. Muito legal eles e os bonecos aqui na escola. Eu amei!”, contou a estudante empolgada.

 


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