PSB quer compromisso com reforma política para decidir apoio n
A líder do PSB no Senado, Lídice da Mata (BA), afirmou que a bancada só apoiará a candidatura de Luiz Henrique (PMDB-SC)
A líder do PSB no Senado, Lídice da Mata (BA), afirmou que a bancada só apoiará a candidatura de Luiz Henrique (PMDB-SC) à presidência do Senado caso ele se comprometa a levar adiante o debate da reforma política, principal item de uma carta de compromisso que a sigla entregará aos candidatos. O partido decidiu deixar a candidatura de Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) em suspenso até que o peemedebista decida se atenderá às condições da bancada.
Luiz Henrique é o único senador até agora a anunciar que disputará a presidência, provocando um racha no PMDB, que deverá anunciar apoio formal à reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AL). A cinco dias da eleição da Mesa Diretora, marcada para este domingo (1º), o presidente ainda não oficializou sua candidatura.
Na segunda-feira (26), o senador Valadares afirmou que poderia se lançar na disputa. Mas após reunião nesta tarde com Luiz Henrique, Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Waldemir Moka (PMDB-MS), Lídice passou a admitir a possibilidade de retirar a candidatura do correligionário e apoiar um nome do PMDB alternativo ao de Renan.
“Vamos apresentar essa proposta ao senador Luiz Henrique e a outros candidatos. Se houver compromisso do senador Luiz Henrique com essa pauta do PSB, nós daremos apoio. Se não houver compromisso de ninguém, nós lançaremos nossa candidatura do senador Valadares”, explicou a senadora após reunião da bancada em sua casa, em Brasília.
Carta de compromisso
Em uma carta de compromisso que será redigida e entregue aos candidatos, os senadores do PSB pedem comprometimento em “viabilizar e por em pauta no Senado o debate da reforma política com destaque para financiamento de campanha e para uma cláusula de desempenho dos partidos”, segundo a líder.
Outros três pontos são a reforma tributária, um novo pacto federativo e a democratização da distribuição de comissões e relatorias no Senado. A candidatura de Valadares, segundo Lídice da Mata, serviu para “quebrar a inércia” dos partidos, já que a poucos dias da eleição, nenhum candidato havia sido lançado ainda. “Nós não queremos quebrar a regra da proporcionalidade, mas essa regra não pode servir de instrumento para a paralisação do Senado e para impedir que o Senado discuta com a sociedade os caminhos que quer tomar”, afirmou a senadora.
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