Queremos país em que políticos pleiteiem poder pelo voto, diz Dilma
Senador Aécio (PSDB) disse que golpe é ‘usar dinheiro de crime’ para obter votos
A presidente Dilma Rousseff defendeu que os políticos busquem o poder por meio do voto e aceitem o “veredicto” dado nas urnas. Em seu discurso, ela também defendeu que juízes atuem com imparcialidade, sem “paixões político-partidárias”.
Em duas oportunidades, a chefe do Executivo respondeu indiretamente às movimentações da oposição para abrir um processo de impeachment no Congresso Nacional.
Primeiro, ela disse em uma entrevista a uma rádio de Presidente Prudente (SP) que usar a crise econômica para chegar ao poder é uma “versão moderna do golpe”.
Mais tarde, em uma solenidade de entrega de residências do programa Minha Casa, Minha Vida no município do interior paulista, ela declarou que “usar atalhos questionáveis” para alcançar o poder “é golpe”.
“Queremos um país em que políticos pleiteiem o poder por meio do voto e aceitem o veredicto das urnas. Em que os governantes se comportem rigorosamente segundo as atribuições, sem ceder a excessos. Em que os juízes julguem com liberdade e imparcialidade, sem pressões de qualquer natureza e desligados de paixões político-partidárias”, declarou Dilma na cerimônia de recondução de Janot ao comando da Procuradoria Geral da República.
Deputados de seis partidos da oposição (PSDB, DEM, PPS, SD, PSC e PTB) apresentaram uma questão de ordem indagando formalmente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre os mais de dez pedidos de abertura de processo de impeachment da presidente da República enviados à Casa. A estratégia abre caminho para que se discuta oficialmente o tema na Câmara. Em agosto, Cunha já havia rejeitado quatro pedidos que não cumpriam requisitos formais.
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