Representantes do Bailique recorrem ao MP para retomada de energia
As duas principais vilas, Macedônia e Progresso, onde funcionam o cartório, serviço bancário, fábrica de gelo e posto da polícia militar, estão com serviços parados.
O Ministério Público do Amapá (MP-AP) recebeu, nesta terça-feira, 26, representantes de segmentos civis organizados do arquipélago do Bailique, que estão em busca de solução para a constante falta de energia, persistente há pelo menos 30 dias ininterruptos. As duas principais vilas, Macedônia e Progresso, onde funcionam o cartório, serviço bancário, fábrica de gelo e posto da polícia militar, estão com serviços parados.
Segundo relatos dos moradores, desde outubro de 2015 a falta de energia é constante; no entanto, a situação piorou desde dezembro do ano passado. Os dois sistemas de abastecimento elétrico, linhão e usina termoelétrica apresentaram problemas e não funcionam; o primeiro, por problemas técnicos, e a usina, por falta de óleo para funcionamento dos geradores.
“Quando eu soube da propositura da reunião, feita pelo vereador Washington Picanço, chamei o promotor de defesa do consumidor, Dr. Saullo Andrade, que está respondendo pela Promotoria do Consumidor, para estar presente nesta reunião, pois sabemos que a situação no arquipelogo está insustentável. Nós nos comprometemos a agendar uma visita do MP ao Bailique, com brevidade, para atestarmos todas as situações que vocês estão vivenciando”, relatou o procurador geral de Justiça, em exercício, Marcio Alves.
Paulo Rocha, presidente do Conselho Comunitário do Bailique, presente na reunião, explicou que recorrer ao MP, nessa situação, é para que o problema não caia no esquecimento, pois a vários meses as autoridades do governo e prefeitura de Macapá estão cientes do que os moradores vêm passando, no entanto, as medidas paliativas já não são eficazes “É muito bom o Ministério Público ir ao Bailique, pois vocês irão constatar o que as pessoas estão sentindo. O que a gente traz e fala aqui não representa completamente a angústia e dor dos moradores. Só na educação, temos 27 escolas do estado e 8 da prefeitura, muitas estão paradas”.
O chefe de gabinete da PGJ, promotor João Paulo Furlan, aproveitando a vinda da comunidade, se comprometeu em marcar uma reunião, em caráter de urgência, com instituições governamentais, para esclarecimento dos fatos: “vamos tentar marcar uma reunião no MP com os órgãos envolvidos, como a CEA e Secretaria de Inclusão e Mobilização Social, para tentarmos uma intervenção efetiva para o fornecimento de combustível. O mais urgente é voltar a energia nas comunidades”.
“É importante destacar que não há distância entre o MP e a comunidade. Essa é a nossa obrigação enquanto instituição, enquanto Ministério Público. Saibam que a nossa porta estará aberta, diariamente, para vocês, pois sabemos que as necessidades de vocês são para ontem”, finalizou o procurador Márcio Alves.
Participaram ainda da reunião: promotor de Justiça Saullo Andrade; vereador de Macapá Washington Picanço; representante do movimento de mulheres do Bailique, Lucia Santana; representante da Federação de Pescadores, Leidinaldo Gama; representante da vila Macedônia, Helielson da Silva e o presidente da colônia de pescadores, Florivaldo Rocha.
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