Cidades

Santana fica sem inseticida para combater vetor da malária

Agentes de endemias fazem paralisação em protesto contra falta do produto



 

Agentes de endemias do município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá, paralisaram as atividades pela falta de inseticidas para combater o Anopheles, mosquito transmissor da malária. Os trabalhadores dizem ter interrompido o serviço sob recomendação da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS) por causa da validade dos produtos. Os agentes estariam usando por mais de um ano inseticidas vencidos desde 2013. A Prefeitura de Santana informou que aguarda um laudo para saber se existe a possibilidade de continuar usando os produtos.

Um dos agentes de endemias, que preferiu não se identificar, afirmou que os produtos eram usados mesmo fora do prazo de validade estipulados pelos fabricantes. “A eficiência não é a mesma porque o mosquito acaba criando uma resistência aos efeitos dos produtos”, disse o agente.

O presidente do Sindicato de Agentes de Endemias, Erinelson Ladislau, diz que além da validade, os produtos são armazenados de forma irregular na CVS.

“O inseticida precisa ser guardado de maneira que não perca a sua eficiência porque às vezes, mesmo fora do prazo, ainda é possível usar por um tempo”, disse.

O secretário municipal de saúde de Santana, Gilmar Domingues, confirmou que os produtos estão fora da validade. Ele disse que um laudo a pedido da prefeitura vai atestar se os inseticidas podem continuar sendo usados.

“Os produtos estão realmente vencidos. Isso não acontece somente em Santana, mas também em outros municípios porque todos receberam na mesma época. Aguardaremos um laudo para saber se podemos dar continuidade no uso do produto”, afirmou Domingues.

A interrupção da atividade por falta do inseticida, segundo os agentes, deixa a cidade em risco pela possibilidade de infestação do mosquito transmissor da malária. Cada agente borrifava nove casas diariamente.


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