Senador do AC fala de crise na Petrobras e critica criação de
Defende mais firmeza no trato com questões de corrupção na estatal.
O senador Jorge Viana (PT-AC), reeleito como vice-presidente do Senado, afirmou que a situação da Petrobras “chegou no limite”. Para ele, os problemas envolvendo a estatal estão relacionados ao que chamou de modelo de convivência entre o público e o privado, que seria “absolutamente” inadequado. Por isso, ele defende que o PT precisa adotar uma nova postura.
“Acho que é um modelo de convivência do público e do privado absolutamente inadequado. Tudo está vinculado à financiamento de partidos e de campanhas. Acho sinceramente que ou nós vamos modificar essas regras e pôr fim a essa relação promíscua entre agentes públicos e o setor privado ou o Brasil vai continuar somando escândalos”, disse.
No entanto, Viana falou ser contra a instauração da nova CPI para investigar as denúncias de corrupção. Ele acredita que a pressão feita pela oposição é uma tentativa de ainda estender o processo eleitoral ocorrido no ano passado. No entanto, segundo ele, a crise vivida pela petroleira é suprapartidária.
“É um afobamento da oposição querer abrir CPI. Podia confiar na Polícia Federal e no Ministério Público Federal. Pelo que se sabe, deve ser tornada pública uma lista de políticos citados na operação. Alguns da oposição querem, a todo custo, fazer uma CPI onde serão os acusadores, mas como essa crise é suprapartidária, pode ser que alguns desses também virem réus”, defendeu.
Para o senador, o PT precisa reconhecer as dificuldades e agir com mais firmeza no enfrentamento à crise. “Acho que o PT tem que agir com mais firmeza que os outros, porque tem uma responsabilidade maior por conta dos compromissos históricos que tem de combate à corrupção. É preciso ter humildade para reconhecer os problemas e ter firmeza de enfrentar toda e qualquer questão vinculada à ética e de honestidade”, acrescentou.
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